Quem tem filhos pequenos sabe que é preciso redobrar a atenção durante os meses de inverno. Afinal, as crianças estão entre os grupos que mais sofrem com as doenças respiratórias, tão comuns nessa época do ano. Quanto menor a idade, maior o risco de uma infecção grave – o sistema imunológico dos bebês ainda é imaturo e as vias aéreas são muito pequenas.
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Quais são e como evitar as doenças respiratórias que mais afetam as crianças
Infecções respiratórias graves estão associadas a ocorrências de vírus. O mais perigoso, especialmente para crianças com menos de dois anos, tem um nome não muito conhecido: vírus sincicial respiratório (VSR). De acordo com o médico Benjamin Roitman, membro da Sociedade de Pediatria do RS, o VSR é o principal responsável por internações de bebês nessa faixa etária.
– Os meses de inverno favorecem o aparecimento de vírus que causam doenças respiratórias, pois ficamos mais tempo em lugares fechados, com pouca circulação de ar – explica Roitman.
Os sintomas do VSR são semelhantes aos de uma gripe: febre, tosse, coriza, falta de ar e chiado no peito. Esse quadro, se não diagnosticado e tratado a tempo, pode evoluir para uma bronquiolite e até matar. Bebês prematuros, crianças com síndrome de down, cardiopatas ou com doenças pulmonares crônicas formam o grupo de risco e podem ter acesso a um medicamento preventivo chamado palivizumabe – uma substância injetável a base de anticorpos que deve ser indicada pelo pediatra e é disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A médica do Serviço de Pediatria do Hospital Moinhos de Vento Silvana Palmeiro Marcantonio lembra que o contágio do VSR ocorre por meio de secreções e gotículas.
A transmissão, portanto, se dá pela tosse de alguém que esteja contaminado, espirros e contato com as mãos não lavadas.
Como evitar
– Evite expor bebês a lugares com aglomerações, pessoas gripadas ou fumantes
– Lave com frequência as mãos e use álcool gel
– Mães que estiverem gripadas devem usar máscaras durante a amamentação