O zika vírus foi vinculado a problemas congênitos em fetos e bebês de seis mulheres infectadas durante a gravidez, informaram os serviços de saúde. Três mulheres deram à luz a bebês com problemas congênitos como microcefalia e dano cerebral que estão ligadas ao zika, informaram o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), com dados atualizados até 9 de junho.
Das outras três mulheres, uma sofreu aborto espontâneo, outra interrompeu a gravidez e a terceira deu à luz a um bebê morto. Os três casos também mostraram problemas relacionados com a zika. As seis mulheres mencionadas no relatório foram infectadas quando visitavam países com surtos do vírus. O CDC pretende publicar relatórios semanais sobre as mulheres grávidas infectadas com o zika.
Leia também:
Transmissão de dengue, zika e chikungunya começa a cair
Zika causa medo ao se alastrar pelo mundo
No total, 234 grávidas deram resultado positivo para o zika nos Estados Unidos até 9 de junho, segundo os CDC. Os cientistas acreditam que as mulheres infectadas durante o primeiro trimestre da gravidez têm entre 1% e 13% de possibilidades de que o feto desenvolva microcefalia.
O zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, se expandiu rapidamente na América Latina e Caribe nos últimos meses. Especialistas advertiram que os Estados Unidos provavelmente registrarão um aumento de caos no início do verão no hemisfério norte.
Também há uma crescente evidência de que o vírus pode ser transmitido por via sexual. O vírus, para o qual não existe vacina, geralmente provoca sintomas leves similares aos de uma gripe, mas também pode desencadear em adultos problemas neurológicos como a síndrome de Guillain-Barré, que pode provocar paralisia e levar à morte.