Quando os registros nos termômetros começam a despencar, não são só as pessoas que passam a sentir frio. Os nossos companheiros de quatro patas também são afetados pela chegada do inverno. Não é porque possuem pelos que eles não sentem frio e estão imunes a doenças. Há quem acredite que roupinhas e banho com água quente sejam mimos exagerados, no entanto, veterinários dizem que os bichos merecem uma atenção especial durante a estação mais fria do ano.
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De acordo com a veterinária Luciana Brilhante Wolle, o frio diminui a imunidade dos animais, e a exposição a baixas temperaturas pode provocar complicações na saúde.
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– O abrigo do cão que dorme em áreas externas deve ser resguardado do vento e da chuva. É preciso manter os animais aquecidos com roupas ou cobertores. Animais com problemas nos ossos e nas articulações tendem a sentir mais dor com o frio – comenta.
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Os animais que têm pelo curto acabam sofrendo mais. Quanto mais comprida a pelagem do animal, mais protegido ele estará. Nesses casos, não é necessário vestir o pet. Apesar disso, nem mesmo os amigos mais peludos devem ficar expostos às mudanças bruscas de temperatura.
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– Raças como o pastor alemão, pastor suíço, collie e são bernardo, por exemplo, já possuem proteção natural da pelagem longa. Pinschers e outros cães de pequeno porte perdem calor mais facilmente – diz Luciana.
Prevenidos e agasalhados
Os cuidados também devem ser maiores com filhotes e cães mais velhos, pois são as duas faixas etárias mais vulneráveis a doenças durante o inverno. Os cães de idade avançada tendem a sofrer mais nos dias frios. É o caso do Caju, um boxer branco de quase 10 anos, que foi adotado quando ainda era filhote, aos 45 dias. Ele já teve pneumonia e, devido à idade, os primeiros sinais de artrose já se manifestaram.
Com a chegada do frio, sua tutora, a gerente de vendas Elisa Faller Brum, 35 anos, redobra os cuidados com o mascote.
– Nos dias mais frios, ele fica mais dengoso, mal-humorado, mas por causa da dor provocada pela artrite. Eu tenho cuidado os horários de passeio, e não saio nem muito cedo da manhã nem muito tarde da noite, para não dar um choque térmico. Como ele sente muito frio, ele mesmo pede para colocar a roupa ou se tapar. Só assim ele fica sossegado – comenta Elisa.
Vacina é fundamental
Além de mantê-lo aquecido com as roupinhas, a tutora de Caju também não descuida da carteirinha de vacinação. Isso porque os cães também ficam gripados. No caso deles, a doença é chamada de “tosse dos canis” ou “traqueobronquite infecciosa canina”, que, segundo a veterinária, pode se manifestar em qualquer época do ano. A vacina que previne a doença custa de R$ 40 a R$ 80 e deve ser renovada anualmente.
– Neste ano, já estamos preparados para o frio. Como ele já é um cão idoso, tem cuidados diferentes dos animais mais novos. Ele já tomou a vacina contra a gripe, está medicado contra a artrose e ainda toma vitaminas – relata a tutora.
Em gatos, a tríplice vacina, que também deve ser aplicada uma vez por ano, já contém o antígeno contra a rinotraqueite, que acomete os felinos com mais frequência no inverno, bloqueando as vias aéreas.