Pesquisadores brasileiros, ingleses e americanos uniram-se em um estudo para mapear a resposta imunológica humana contra o zika vírus. Essa reação continua, até o momento, desconhecida pela ciência. Os resultados poderão servir de base, no futuro, para a produção de uma vacina.
O trabalho será desenvolvido pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, pelo pesquisador inglês Daniel Altmann, do Departamento de Medicina do Imperial College (Reino Unido), e pelo norte-americano William Kwok, do Instituto de Pesquisa Benaroya (Seattle, Estados Unidos). Os três centros de pesquisa concentrarão esforços para entender o que leva algumas pessoas infectadas a serem mais resistentes ao zika vírus, enquanto outra parcela de infectados desenvolve graves sintomas.
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O professor do Departamento de Bioquímica e Imunologiada FMRP, João Santana da Silva, coordenador do projeto no Brasil, explica que, entendendo como ocorre essa resposta imune, pode-se "intervir de forma a controlar a resposta da população mais suscetível ao vírus e fazer com que essas pessoas fiquem resistentes, chegando-se assim a uma vacina".
Apesar de acreditar que a resposta imune de nosso organismo ao zika vírus seja completamente diferente da resposta à dengue, Santana da Silva diz que a experiência que já possuem com a dengue deve tornar mais rápida a construção de uma vacina contra o zika.