Cães pequenos
Normalmente são dóceis, convivem bem com crianças e se adaptam com tranquilidade a casas e apartamentos. Exigem cuidados mais intensivos de pet shop e atividade recreativa de duas a três vezes por dia por cerca de 30 minutos. Algumas raças como pinscher, terrier brasileiro e yorkshire podem latir com mais frequência, o que significa que querem atenção. Bichos desse porte tendem a viver mais do que as raças maiores, podendo chegar até aos 19 anos. Algumas das raças mais comuns no Brasil são: poodle, yorkshire, shih-tzu, lhasa apso, pinscher, maltês, pug, bulldogue francês.
Cães médios
Podem ser mantidos dentro de casa, embora necessitem de mais espaço. Dependendo da raça, precisam de mais atividades recreativas por dia. Costumam ser ótimas companhias. Raças como sharpei e chow-chow são menos indicadas para famílias com crianças. Labrador, golden retriever, cocker spaniel inglês e americano, bull terrier, boxer, dálmata e border collie são algumas das raças mais comuns. É necessário ficar atento à quantidade de ração oferecida aos labradores, que têm tendência à obesidade, e também às pregas de sharpeis, cockers e bulldogues, que precisam de higiene constante.
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Cães de guarda
Além de guardiães de casas ou empresas, também são ótimas companhias e não necessariamente agressivos. Exigem muitas atividades recreativas ao longo do dia. Não são indicados para casas com crianças pequenas, pelo tamanho e pela força que têm. Para virarem cães de guarda, é indicado que façam adestramento e socialização enquanto filhotes. Pastor alemão, akita, rottweiler, boxer, american pit bull terrier, doberman, fila brasileiro, bullmastife e dogo argentino são as raças mais comuns. Precisam passear de focinheira.
Cães grandes
Em geral, são dóceis, afetuosos e podem conviver com crianças, desde que se acostumem com o toque delas desde cedo. Precisam de muitas atividades recreativas. Costumam cavar buracos para se refrescar e podem enterrar objetos quando ansiosos. Necessitam, obrigatoriamente, de amplo espaço físico. Os custos com alimentação e medicamentos tendem a ser maiores com animais deste porte. Dogue alemão, mastim napolitano, são bernardo, pastor alemão, fila brasileiro, rottweiler e bullmastife são os mais comuns no Brasil. Vivem menos do que as raças pequenas, de oito a 12 anos. Os proprietários precisam ficar atentos aos problemas hereditários nos ossos e nas articulações, como a displasia coxofemural, que ocorre quando há rápido crescimento ósseo e a massa muscular ainda é fraca.
Gatos de pelo curto
São dóceis e convivem bem com crianças. O humor e o temperamento variam conforme a raça. O british shorthair não gosta muito de colo, por exemplo. Siamês, sphynx, abissínio, bengal, british bhorthair, devon rex e exotic shorthair são os mais comuns. Precisam de atividades e brincadeiras ao longo do dia.
Gatos de pelo longo
São ótimas companhias, inclusive para crianças. Indicados para quem tem tempo para brincar e, principalmente, escovar os animais com frequência. Os mais comuns são persa, himalaio, maine coon, sagrado da birmânia, ragdoll, scottish fold, angorá turco e american curl.
Tartarugas
A aquisição e a posse de tartarugas estão proibidas no Estado. Quem adquiriu o animal antes disso deve tomar cuidado com o ambiente em que ele vive, que deve ser aquático, semiáquatico e terrestre. Elas não interagem com os donos, o que pode gerar frustração. As tartarugas têm hábitos diurnos e gostam de ficar expostas ao sol.
Peixes
O conceito de interação com peixes é relativo. Veterinários garantem que eles reconhecem quem os alimenta e mudam de comportamento quando a pessoa se aproxima. É preciso ficar atento à temperatura da água e aos parâmetros dela como PH, nível de amônia e de nitrito. A limpeza do aquário deve ser feita, em média, duas vezes por mês. Beta, carpas, kinguios, oscar e palhaço são os mais procurados. Geralmente, é preciso dar comida duas vezes por dia, mas existem rações especiais de fim de semana e de férias, que duram dias na água sem estragar.
Aves
Como são acostumadas a viver em bando, o ideal é ter mais de uma em casa. Mesmo as aves necessitam de companhia, por isso não são indicadas para quem fica muito tempo longe de casa. Acordam e dormem cedo. Precisam de gaiolas amplas e confortáveis e exposição solar durante 15 minutos, duas vezes por semana. Não são recomendadas para quem tem cães ou gatos. A alimentação depende de cada espécie e pode ser baseada em grãos, frutas e vegetais. Aves silvestres como arara e papagaio exigem anilha no pé, registro e nota de origem. As mais comuns são canário, calopsita e papagaio.
Roedores
Os mais comuns são hamsters, chinchilas, porquinhos da índia e ratos twister. Precisam de gaiolas amplas e com áreas para que possam brincar. Não é recomendado mantê-los soltos dentro de casa sem supervisão, pois roem de tudo. Devem ser manipulados com frequência e com gentileza para evitar que fiquem arredios. Cada espécie come uma ração própria, além de legumes e vegetais. Podem ficar no máximo dois dias sem alguém por perto.
Coelhos
São dóceis, mas precisam ser castrados na puberdade, pois tendem a ficar arredios, especialmente as fêmeas. Também se reproduzem rapidamente. O ideal é que sejam criados em um espaço cercado do quintal, e não em gaiolas. Em bando, brigam muito. Como a alimentação é baseada em vegetais frescos, não é indicado deixá-los sozinhos por muito tempo. Os mais peludos devem ser escovados diariamente para evitar que comam os pelos, o que pode ser fatal.
Fontes:
André Grespan, veterinário especialista em animais silvestres
Angélika Sharom, veterinária especialista em aves
Cássia Maciel Duarte, bióloga do Laboratório de Herpetologia da UFRGS
Daniel Guimarães Gerardi, veterinário e professor da UFRGS
Francis Cheroeim, veterinária e adestradora do programa Cão Cidadão
Renato Leite Leonardo, veterinário especialista em animais silvestres e exóticos