O Ministério da Saúde divulgou na tarde desta terça-feira que investiga 4.293 casos suspeitos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivas de infecção congênita. Dos casos já analisados, 907 foram confirmados para a malformação, 122 tiveram resultado positivo para zika. Para se ter uma ideia do crescimento, em 2013 o país registrou 167 bebês nascidos com o problema. Em 2014, foram 147.
Os dados do informe epidemiológico são enviados semanalmente pelas secretarias estaduais de Saúde e representam as notificações feitas entre 26 de outubro do ano passado e 19 de março de 2016. Desde o início da investigação, foram notificados 6.671 casos suspeitos de microcefalia.
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Os 907 casos confirmados ocorreram em 348 municípios, localizados em 19 Estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.
Os 6.671 casos notificados, desde o início das investigações, estão distribuídos em 1.266 municípios, de todas as regiões do país. A maioria foi registrada na região Nordeste (5.270 casos, o que corresponde a 79%). Pernambuco tem o maior número de casos em investigação (1.210).
Até 19 de março, foram registrados 198 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto), 46 já foram confirmados para a malformação.
Até o momento, 23 Estados sinalizaram ao Ministério da Saúde a circulação autóctone do zika: Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Roraima, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Sergipe, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Embora não esteja na lista, o Rio Grande do Sul já registrou dois casos autóctones do vírus.
O Ministério da Saúde orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.