Nos meses de calor, as queimaduras não são o único dano à pele provocado pelo excesso de exposição ao sol. Pessoas que contraíram o vírus do herpes em algum momento da vida estão propensas a conviver com as lesões causadas por essa doença infectocontagiosa, que tem mais prevalência no verão. A dermatologista Renata Frainer explica por que isso ocorre:
- É nessa época que as pessoas costumam se expor mais ao sol, e isso causa a redução da eficiência do sistema imunológico.
Como evitar problemas de saúde associados ao verão e ao calor
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, cerca de 90% da população brasileira já entrou em contato com vírus do herpes, o Herpes Simplex Virus (HSV), embora a maioria ainda não tenha desenvolvido a doença.
O herpes pode aparecer em qualquer região no corpo, mas é pelos lábios e por regiões do rosto que as temidas feridas preferem se instalar, permanecendo ali de sete a 10 dias. As lesões também podem surgir na região genital, situação na qual passam a ser classificadas como uma doença sexualmente transmissível (DST).
- O contágio ocorre por contato direto, não só por relação sexual, mas também pelo beijo ou pelo compartilhamento de talheres no mesmo momento, por exemplo. Quando a pessoa está com a ferida, a chance de transmitir o vírus é ainda maior - ressalta Renata.
Primeiros sintomas já devem ser tratados
A especialista esclarece que há dois subtipos do vírus do herpes responsáveis pela transmissão da doença: o HSV1, principal agente de lesões em partes do corpo como lábios e rosto, e o HSV2, responsável pelas feridas na região genital.
Os sintomas começam com uma coceira seguida muitas vezes de ardência e dor. A área acometida pelo herpes costuma ficar vermelha antes de pequenas bolhas de água se formarem no local. A ferida se desenvolve e pode, inclusive, resultar em uma lesão maior, principalmente se os primeiros sintomas não forem aliviados com medicação - portanto, é indicado buscar ajuda médica.
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De acordo com Renata, um comprimido antiviral, por exemplo, costuma ser eficaz para reduzir o desconforto ou o tamanho da ferida nas primeiras 48 horas. Mesmo com eficiência pouco comprovada, o tratamento em forma de pomada também pode ser útil para aliviar os sintomas. Além disso, uma boa notícia para as pessoas que têm herpes recorrente - mais de quatro vezes por ano, por exemplo - é o tratamento profilático. A terapia consiste em inibir a manifestação do vírus durante o período em que a medicação é tomada.
- O vírus do herpes não tem cura. Quando é adquirido, fica instalado no organismo do indivíduo para sempre, podendo se manifestar ou não - ressalta a dermatologista.
*Zero Hora