Uma abordagem mais agressiva para diminuir a pressão arterial poderia ajudar milhões de pessoas com mais de 50 anos, segundo os resultados de um estudo norte-americano publicado nesta segunda-feira.
Pacientes que conseguiram diminuir seus números sistólicos - ou seja, o maior dos dois números usados para descrever a pressão arterial - para menos de 120 mm Hg diminuíram seu risco de ataque cardíaco, insuficiência cardíaca ou derrame em 24%, e o risco de morte caiu em 27%. Diretrizes atuais pedem que os adultos mantenham a pressão arterial abaixo dos 140 mm Hg.
Pesquisa sugere mudar índices de pressão arterial considerados saudáveis
Em setembro, o estudo patrocinado pelo Instituto Nacional de Saúde foi encerrado um ano antes devido aos resultados positivos. Na segunda-feira, um relatório detalhado sobre os resultados foi publicado no New England Journal of Medicine.
- Os resultados positivos deste estudo tomaram a maioria dos pesquisadores de surpresa, e os fortes benefícios do tratamento parecem superar os riscos - disse o co-autor Alfred Cheung, chefe de Nefrologia e Hipertensão da Universidade de Utah Health Care.
No entanto, mais pesquisas são necessárias antes que as autoridades de saúde possam recomendar uma mudança de diretrizes atuais.
- Antes de decidir tratar a pressão arterial de forma agressiva, pode ser prudente esperar até que questões adicionais sejam respondidas - acrescentou Cheung.
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O tratamento, que envolve o uso de medicamentos para baixar a pressão arterial combinados a opções de vida saudáveis, veio com um risco aumentado para alguns efeitos secundários graves, incluindo pressão arterial muito baixa, desmaios e problemas renais. Os pesquisadores também estão investigando como o tratamento pode afetar a cognição e provocar demência.
O estudo envolveu mais de 9.300 pessoas escolhidas aleatoriamente que tiveram como objetivo manter a pressão em 120 mmHg ou 140 mm Hg. Todos os participantes do estudo tinham 50 anos ou mais e haviam enfrentado um risco aumentado de doença cardiovascular, com uma pressão arterial sistólica de pelo menos 130 mmHg. Eles também não tinham histórico de diabetes ou acidente vascular cerebral, uma exigência que fez com que a maioria da população estudada fosse branca, excluindo negros e hispânicos.
Mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo sofrem de hipertensão, que é definida como uma pressão sanguínea sistólica de 140 ou mais, sobre uma pressão arterial diastólica de 90 ou superior.
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