Caderno Vida realiza série de reportagens sobre os transtornos mais comuns da infância e da adolescência. Na edição desta semana, o tema é o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade. Leia o relato do pai de um menino de 10 anos que foi diagnosticada com o distúrbio há alguns meses:
Entenda o que é e como lidar com o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade
Conheça os sinais, tratamentos e saiba o que fazer
"Desde muito cedo, Ronaldo* era considerado uma criança agitada.Com uns três anos, as instrutoras da creche já diziam que ele não parava quieto, mas pensávamos que não era nada fora do normal. Como é nosso segundo filho - o outro tem cinco anos a mais e também é agitado -, achamos que era apenas uma característica dele. Dizíamos que ele tinha 'saúde em excesso'. Tínhamos o temor que ele se machucasse por não parar quieto, por estar sempre correndo. Com o passar dos anos, quando Ronaldo começou o primeiro ano do Ensino Fundamental, o comportamento passou a apresentar mais aspectos negativos, principalmente pelo desenvolvimento do aprendizado. Esse jeito dele começou a ficar muito latente, principalmente na escola, e estava fazendo com que ele não conseguisse terminar as tarefas pedidas pelas professoras. Ele não conseguia ficar sentado na sala de aula como os colegas. Levantava-se para ir ao banheiro, virava para trás para falar. Víamos que ele ficava angustiado por não conseguir terminar os trabalhos, e isso nos deixava angustiados também. A criança se sente mal, fica chateada, e os pais não sabem o que fazer. Nos demos conta, há alguns meses, quando ele estava com nove anos, que precisávamos chegar a alguma conclusão em relação ao Ronaldo. Nossa dúvida era: essa agitação é falta de limites ou será que ele tem algum transtorno? Para nós, pais, é muito difícil avaliar. Quando ficávamos mais rígidos com ele, notávamos alguma melhora, mas nada muito efetivo, muito menos duradouro. Foi quando decidimos levá-lo para ser avaliado por um especialista, que diagnosticou o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH). Agora, em tratamento, notamos uma melhora significativa no rendimento escolar. Ele ainda fala bastante, mas está melhorando, vemos que ele tem mais discernimento, mais autocrítica."
* A pedido da família, o nome é fictício.
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Jaqueline Sordi
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