Passar muito tempo em frente ao computador, assistir TV com frequência ou se divertir com jogos eletrônicos são atividades associadas a um comportamento sedentário. Esse tipo de hábito já foi analisado em muitos estudos, que comprovaram a relação do sedentarismo com obesidade, doenças cardíacas, diabetes do tipo 2 e osteoporose. Recentemente, uma nova pesquisa descobriu mais um motivo para estimular as pessoas a levantarem do sofá: o comportamento sedentário também pode aumentar a ansiedade.
Sedentarismo traz mais riscos à saúde do que a obesidade
Megan Teychenne, da Universidade Deakin, na Austrália, explica que, ao observar associações positivas entre hábitos sedentários e sintomas de depressão, a equipe decidiu usar essa relação como fator para investigar também a ansiedade, problema que afeta 27 milhões de pessoas no mundo e pode resultar em batimento cardíaco acelerado, dificuldades respiratórias, tensão muscular e dores de cabeça.
Sedentarismo, e não excesso de calorias, seria o principal responsável pela obesidade
A pesquisa observacional analisou nove estudos que classificaram sedentarismo a partir de diferentes pontos de vista. Das conclusões observadas, em cinco pode-se afirmar que o comportamento sedentário pode aumentar o risco de ansiedade. Outra evidência encontrada afirma que 36% dos estudantes que passam mais de duas horas por dia em frente à telas digitais apresentaram mais chances de sofrer com o transtorno, em comparação aos que ficavam menos tempo em frente à TV ou ao computador.
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Os pesquisadores acreditam que distúrbios nos padrões de sono e problemas metabólicos podem influenciar os costumes sedentários das pessoas, podendo até mesmo, prejudicar a vida social do indivíduo. Entretanto, eles acreditam que ainda é necessário investimento em mais pesquisas sobre o assunto.
Os resultados foram publicados no periódico BMC Public Health.
