Pessoas com histórico de pressão alta apresentaram risco reduzido de desenvolver Alzheimer durante uma pesquisa realizada pela Universidade Brigham Young, dos Estados Unidos. Pesquisadores do estudo publicado neste mês no PLOS Medicine mostram que essa conclusão pode estar associada à ingestão de medicamentos contra hipertensão.
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- É provável que esse tipo de remédio seja responsável por um "efeito protetor" contra o risco de Alzheimer - explica John Kauwe, um dos autores do estudo e professor na Universidade Brigham Young.
Para a pesquisa, foram avaliados dados genéticos de mais de 17 mil pessoas com Alzheimer e de mais de 37 mil sem o diagnóstico da doença. Essas informações foram analisadas em parceria com as universidades de Cambrige (Reino Unido), Washington (Estados Unidos) e Aarhus (Dinamarca).
A ideia da pesquisa era encontrar os fatores de risco para a doença. Embora a equipe também tenha observado o vínculo de outras doenças - diabetes, obesidade e colesterol alto, por exemplo - com o Alzheimer, apenas a pressão alta se mostrou significante quanto à relação com o risco da doença: pessoas com hipertensão tiveram esse risco reduzido.
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- Os resultados se opõem ao que as pessoas, em geral, pensam - comenta Paul Crane, professor da Universidade de Washington.
Os pesquisadores concluíram também que houve pouca relevância entre a associação da doença com o hábito de fumar.