Pesquisadores da Universidade da Califórnia analisaram dados concluídos em 18 anos por meio de uma pesquisa realizada nos Estados Unidos e na Europa. O objetivo deles foi avaliar os fatores responsáveis pela menor fração da população fumante nos últimos anos. O estudo observacional mostra que pessoas indispostas a largar o cigarro repensam suas atitudes conforme a parcela de fumantes "não viciados" da população começa a abandonar o hábito.
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Os resultados foram publicados no periódico Tobacco Control.
A equipe acredita que essa descoberta se opõe à estratégias recentes que apoiam formas de consumo de tabaco sem queima e cigarros eletrônicos, por exemplo. Essa ideia de "redução de danos" foi proposta em 1970 e visa atender pessoas com dificuldades de largar o vício.
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- Nossos resultados sugerem que as políticas de controle do tabaco estão suavizando a situação dos fumantes sem a necessidade de novos produtos de nicotina como os cigarros eletrônicos, que não são inofensivos - acredita Stanton A. Glantz, professor da Universidade da Califórnia.
Segundos os pesquisadores, para cada queda de 1% da população fumante, o número de viciados que tentou largar o cigarro aumentou 0,6% nos Estados Unidos e se manteve estável na Europa. O estudo também mostrou que índice de americanos que largaram o cigarro aumentou 1,13% também a cada redução de 1% na prevalência dos fumantes entre a população. O consumo diário entre os que permaneceram no vício caiu em 0,32% nos EUA e 0,22% na Europa.
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Margarete C. Kulik, principal autora do estudo, ressalta que as políticas de controle - propagandas, leis que restringem os locais onde fumar é permitido e o aumento dos impostos sobre o tabaco - estão funcionando e, assim, cai a prevalência dos viciados no tabaco.