Três fatores orgânicos principais influenciam no mecanismo de ereção: a produção de testosterona, a circulação peniana e a inervação do órgão. Endurecer o pênis, portanto, depende da sinergia entre vários sistemas, como o endócrino, o cardiovascular e o nervoso.
- É como uma orquestra: tudo precisa estar muito afinado e coordenado - explica o urologista Gustavo Carvalhal, presidente da seccional gaúcha da SBU, destacando que o psicológico também entra nesta sincronia.
Quando algum desses instrumentos desarmoniza com os restantes, recorre-se a três linhas de tratamento: as drogas orais, as injetáveis diretamente no pênis e as próteses. Indicadas pelos médicos, as medidas devem respeitar exatamente essa ordem. Se uma não funcionar, parte-se para a outra. Dessa forma, as próteses, salientam os especialistas, são a cartada final para quando o paciente não respondeu bem nem aos comprimidos, nem às injeções.
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Recomendados para os 12,5% dos pacientes que sofrem de disfunção erétil grave, os implantes não aumentam nem engrossam o pênis (não acredite nos spams que você recebe por e-mail).
- Na verdade, eles são utilizados para dar sustentação - afirma o urologista Sergio Iankowski, separando-os em dois tipos: os semirrígidos e os infláveis.
No primeiro, coloca-se uma pequena haste de silicone no interior de 80% corpo cavernoso do pênis. Ele fica permanentemente ereto, mas maleável, podendo ser dobrado e posicionado da maneira como o homem achar mais confortável. Com pouco sangue, a ereção está completa. Custa cerca de R$ 3 mil.
A prótese inflável, 13 vezes mais cara, se diferencia por permitir que o pênis volte ao estado de flacidez após o ato sexual. Uma espécie de balão é instalado por dentro da bolsa escrotal e, quando pressionado, drena para o pênis um líquido que simula o sangue, tornando-o rígido. Ao fim do sexo, o órgão deve ser levemente pressionado para baixo, de forma que o líquido volte para esse "balão" e permita a flacidez.
- É como um controle remoto por baixo da pele - compara o especialista em urologia Raphael Moreira, médico do Hospital Samaritano, em São Paulo.
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Fontes: Sociedade Brasileira de Urologia, Fundação Freemasons, Datafolha/Eli Lilly, Instituto de Fertilidade e Andrologia
"Falhar" alguma vez na cama nem sempre é sinal de doença
Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Infertilidade e Andrologia mostrou que o grau de satisfação dos homens entre 40 anos e 86 anos em relação a esses procedimentos, que os permitem ejacular normalmente, é de 98%. Apenas 6% relataram algum tipo de desconforto.
De novo: esses tratamentos específicos só são indicados se a disfunção erétil tem causa orgânica. Caso contrário, o acompanhamento com um psicólogo ou psiquiatra pode ser o bastante para reverter o quadro. E mais: 59% dos homens brasileiros já "falharam" na cama - e não necessariamente têm a doença.
- A pessoa pode estar cansada, angustiada, instável no trabalho, com problemas de saúde na família... Tudo isso é transitório. O médico vai ser o profissional capacitado para detectar se há alguma causa mais séria. Mas todo homem, eventualmente, vai falhar. E isso não é motivo de vergonha - afirma Moreira.