Leonardo Konarzewski, o jovem gaúcho que fez uma vaquinha na internet para financia seu tratamento contra o câncer nos Estados Unidos, tem consulta marcada para quarta-feira. Depois de todos os exames prévios, os médicos querem tentar um autotransplante de medula em Leonardo. O problema: para que o gaúcho possa por os pés dentro do consultório americano, a família deve pagar US$ 55 mil - o equivalente a R$ 177 mil.
- A gente se viu obrigado a pedir ajuda de novo, porque a campanha infelizmente deu uma esfriada. Esses US$ 55 mil são para a extração e a análise das coletas de medula do Leonardo. Conforme for essa avaliação, eles vão pedir mais dinheiro. O custo total desse tratamento deve passar dos US$ 250 mil (mais de R$ 800 mil), mas estamos lutando por esses US$ 55 mil, porque esperamos que a Justiça dê um parecer favorável para as próximas etapas - diz o irmão de Leonardo, Telmo Konarzewski.
A família já arrecadou R$ 192 mil, mas R$ 50 mil era o valor exigido pela Mayo Clinic para começar o tratamento, R$ 22 mil são caução para a clínica e há os gastos com passagens, hospedagem, alimentação e tudo mais. Desesperados, eles buscam ajuda do governo federal. Um processo aberto pela família pede que a União arque com todos os custos do tratamento, mas ainda não houve evolução no caso, o que tira a esperança de que uma decisão positiva seja tomada até quarta-feira, para quando a consulta está marcada. Caso o dinheiro não seja arrecadado até lá, tudo terá de ser remarcado - o que, para um caso tão extremo como o de Leonardo, seria uma tragédia.
Do Brasil, o médico Gilberto Schwartsmann, que iniciou o tratamento de Leonardo em Porto Alegre, acompanha o caso. Ele explica que o autotransplante de medula proposto pela clínica americana é uma técnica que envolve doses fortes de quimioterapia e pode ser bastante efetiva.
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- Funciona assim: tu faz uma dose de quimioterapia que reduz bastante o número de células tumorais. Depois, se faz uma coleta de certas células produtoras de sangue na medula óssea ou na corrente sanguínea, células mais primitivas. Com isso, se faz um teste fora do corpo, para ver se essas células não são tumorais. Caso os testes vejam que não há tumor, se dá uma dose cavalar de quimioterapia na parte que sobra do câncer, uma dose que mataria o paciente. Só que aí tu devolve a medula do próprio cara, que vai começar a produzir as células do corpo de novo, só que saudáveis.
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Relembre o vídeo de Leonardo pedindo ajuda na internet: