Considerada um problema de saúde pública no Brasil, a osteoporose chega a atingir uma a cada três mulheres e 20% dos homens após os 50 anos. Desde os 40 anos fazendo parte dessa estatística, a professora aposentada Clarisse Motta, hoje com 75 anos, conseguiu fugir de outro prognóstico ainda mais assustador: estima-se que até 34% dos idosos com osteoporose que sofrem fraturas no quadril morrem em seis meses devido a complicações posteriores. Clarisse, que descobriu três fissuras nos ossos dessa região há quatro anos, hoje comemora, ainda que com cautela, a recuperação.
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- Tive de ficar quase dois anos em repouso absoluto, usando cadeira de rodas, para conseguir recuperar meus ossos. A osteoporose é uma doença muito silenciosa, mas, quando se manifesta, chega gritando - conta a aposentada.
A preocupação com a saúde dos ossos veio tarde na vida de Clarisse. Ela confessa que nunca se preocupou muito com a quantidade de cálcio que ingeria e manteve, até a idade adulta, o hábito de fumar. Aos 40 anos, ao realizar um exame preventivo indicado pela ginecologista, constatou que já estava com um quadro de osteopenia (uma diminuição de massa óssea causada pela perda de cálcio que pode gerar a osteoporose). A partir daí, mudou os hábitos alimentares, priorizando alimentos ricos em cálcio e tomando ao menos três copos de leite por dia. Suplementos e exercícios físicos também passaram a fazer parte da rotina da aposentada. A mudança, entretanto, veio tarde demais:
- Como só passei a me cuidar mais depois dos 40 anos, não foi suficiente para evitar a grave fratura que tive. Hoje, faço tudo que posso para não diminuir a minha massa óssea, mas sei que muito do que sofro é consequência de decisões que tomei mais jovem, como o hábito de fumar.