Uma nova pesquisa da Universidade de Washington afirma que há ligação entre medicamentos diários e demência. Segundo os cientistas, tomar anticolinérgicos - que abrangem os anti-histamínicos, soníferos, antidepressivos, medicamentos cardiovasculares e gastrointestinais, além de relaxantes musculares - em altas doses ou por um longo tempo pode aumentar significativamente o risco de desenvolver Alzheimer e outras demências.
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- Se os médicos prescrevem uma medicação com efeitos anticolinérgicos, significa que é a melhor terapia para o seu paciente. Eles devem indicar a menor dose eficaz, monitorar a terapia regularmente e interromper o tratamento se é ineficaz - disse Shelly Gray, responsável pelo estudo.
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Os pesquisadores dizem que, em média, as pessoas mais velhas tomam entre quatro e cinco medicamentos prescritos e dois remédios por conta própria a cada dia. Eles afirmam que os medicamentos são uma parte importante da assistência médica para os idosos. No entanto, são mais sensíveis aos efeitos de muitos comprimidos, incluindo anticolinérgicos, que bloqueiam o neurotransmissor acetilcolina - e, portanto, agem sobre o sistema nervoso.
Participaram do estudo 3,5 mil idosos. Os medicamentos mais utilizados durante a pesquisa foram antidepressivos, anti-histamínicos e os que evitam a incontinência urinária (oxibutinina).
As pessoas que tomavam pelo menos 10 miligramas por dia de antidepressivos, 4 de anti-histamínicos ou 5 de oxibutinina por mais de três anos apresentaram maior risco de desenvolver demência. Segundo os pesquisadores, quanto maior o uso de medicamentos anticolinérgicos, maior o risco de desenvolver a doença.
- Os adultos mais velhos devem estar cientes de que muitos medicamentos, incluindo alguns disponíveis sem receita médica, têm fortes efeitos anticolinérgicos - disse Gray.