Você ouve falar em pole dance e, automaticamente, surge na sua mente imagem de dançarinas de boate? Esqueça o filme Striptease, da Demi Moore, ou a personagem da atriz Flávia Alessandra na novela Duas Caras.
No lugar disso, imagine uma dança acrobática que vem derrubando preconceitos e arrebatando adeptas a cada ano no Brasil. Na Capital, estúdios são procurados por mulheres de várias profissões.
A atividade cresceu tanto nos últimos anos que pode ser vista em campeonatos estaduais, nacionais e mundiais. Embora alguns festivais de apresentação incentivem o lado mais sexy, muitos praticam pelo aspecto físico.
- As meninas querem fazer algo para o namorado. Mas só continuam porque vencem limites do corpo e da mente. Tem de ter força, confiança e equilíbrio para ser sensual na barra - adverte Lidiane Sciascia, instrutora do High Heels Pole Studio.
A atividade foi criada pelos indianos com a técnica milenar Malakamb, praticada em um tronco de árvore lapidada. Ganhou popularidade em casas noturnas até que australianos, americanos e canadenses difundiram como exercício. No Brasil, a pioneira foi a instrutora Alexandra Valença, que treinou a atriz Flávia Alessandra. Ela abriu os caminhos para a educadora física Grazzy Brugner começar seu negócio. Depois do sucesso da novela, Grazzy percebeu que havia um nicho não explorado. Foi então que resolveu criar um estúdio, loja virtual, cursos, revista em três idiomas além de campeonatos. Tudo para difundir a atividade e ajudar a diminuir o preconceito.
Um festival que aconteceu no final do ano passado na academia Cia Athletica teve a participação de 27 apresentações artísticas. Foi um marco da mudança de perfil do pole dance.
- Apesar de associado ao erotismo extremo, hoje é mostrado como uma arte e uma modalidade esportiva - defende Gisele Octave, a Gigi, professora de pole dance e artes circenses.
Fontes: Carolina Castilhos, gestora de ginástica da Cia Athletica, Lidiane Sciascia e Bianca Bruchier, instrutoras no High Heels Pole Studio, Grazzy Brugner, educadora física, Gisele Octave, professora na Cia Athletica.
SUBA NA BARRA
INDICAÇÃO
Se você não tem problema de coluna, labirintite, artroses ou fibromialgia (consulte seu médico), pode fazer. A atividade é indicada para pessoas de todas as idades e medidas e também para homens.
DORES E ROXOS
O atrito da pele com a barra serve para trancar alguns movimentos, e deslizar em outros. Portanto, é natural que seu corpo fique marcado com algum hematoma causado pelas travas na barra.
MÚSICA
A música varia de acordo com o gosto da professora. Para a maioria, rock, música contemporânea e baladas lentas tornam a performance mais bonita.
CALORIAS
De 300 a 500 calorias por hora.
CONHEÇA AS PRINCIPAIS POSIÇÕES
EM CASA
Há opções disponíveis para compra da barra de pressão ou aparafusada no chão e no teto. Os tamanhos aconselhados são de 2,3m a 2,8m. Não deve se colocar em teto de gesso. Os preços variam entre R$ 400 e R$ 900.
VALOR DAS AULAS
O custo de um mês de aula é, em média, R$ 160.
ONDE PRATICAR (PORTO ALEGRE)
High Heels Pole Studio
Rua Coronel Feijó, 52, 2º andar.
www.poledanceportoalegre.com.br
Pole Stars - Gisele Octave
Rua Bernardino Caetano Fraga, 73.
(51) 9335-1218
Oito Tempos
Rua Azevedo Sodré, 28.
(51) 3907-8828
PARA NOVOS INSTRUTORES
Curso de capacitação com Grazzy Brugner
Maio e junho, na Faculdade Inspirar (Rua Alberto Torres, 195, Cidade Baixa). Fone: 3573-7100
80 horas/aula em dois módulos
Pré-requisito: prática de pole dance