Um estudo britânico publicado recentemente na revista científica Free Radical Biology and Medicine apresentou novas evidências de que a vitamina D, além de ser essencial para os ossos, cumpre um importante papel na manutenção de outros órgãos e tecidos do corpo, incluindo-se aí o cérebro. A pesquisa demonstrou que ratos alimentados durante meses com uma dieta pobre na substância tiveram uma atuação maior de radicais livres (responsáveis pelo envelhecimento) sobre o cérebro que aqueles com uma dieta normal. Além disso, os animais apresentaram um decréscimo significativo em suas performances cognitivas, avaliadas em testes de aprendizado e memória.
- Como a deficiência de vitamina D está presente em especial entre os idosos, nós investigamos como a baixa quantidade da substância afeta o status oxidativo do cérebro no organismo durante o processo de envelhecimento. Níveis adequados de vitamina D são necessários para prevenir a atuação de radicais livres no órgão e uma consequente demência - afirma Allan Butterfield, cientista do Departamento de Química do Reino Unido e o principal autor do estudo.
Baixos níveis de vitamina D já foram associados ao Mal de Alzheimer, além de também terem sido relacionados ao desenvolvimento de certos tipos de câncer e doenças do coração. Em todo o mundo, os níveis da substância na população tendem a ser baixos, particularmente entre os idosos. A recomendação dos pesquisadores é de que as pessoas consultem seus médicos para que eles determinem se a quantidade da substância em seus organismos está normalizada. Entre as diferentes formas de incrementar a presença da vitamina D no corpo estão um maior consumo de alimentos ricos na substância, suplementos vitamínicos e uma exposição à luz do sol de pelo menos 10 a 15 minutos diários.