O morador de Porto Alegre conta consigo mesmo para garantir seu bem-estar e está mais satisfeito com o que pode resolver por conta própria do que com os aspectos da sua vida dependentes da sociedade e do governo. Também considera o bem-estar psicológico, a avaliação da sua e o bem-estar físico como os mais importantes para alcançar a felicidade.
As revelações são resultado de um estudo patrocinado pela Unimed e desenvolvido por pesquisadores da Escola de Administração da UFRGS que mediu, pela terceira vez, como está o bem-estar do porto-alegrense. A equipe coordenada pelos professores Carlos Alberto Vargas Rossi e Teniza da Silveira entrevistou, em janeiro deste ano, 442 moradores de diferentes bairros da Capital. Eles responderam questões sobre 12 dimensões diferentes do cotidiano e revelaram qual a avaliação que fazem sobre cada um deles.
O resultado apurado no Índice de Bem-Estar (IBE) alcançou 0,67 na escala de zero a um em que, quanto maior o número, mais elevado o nível de bem-estar. O índice apresenta uma leve queda em relação a segunda edição da pesquisa, realizada em 2010, que resultou em 0,69. Entretanto, o índice de 2013 repete o resultado de 2009, ano que foi realizada a primeira edição do estudo.
A professora Teniza da Silveira, uma das coordenadoras da pesquisa, destaca que o tema está em evidência no mundo e que diversas pesquisas têm sido realizadas para melhor entender como está o bem-estar da nossa sociedade. Aqui no Brasil, o bem-estar ganha importância ao pensarmos em nosso bônus demográfico. Hoje, dois terços da população brasileira possui entre 15 e 64 anos, faixa etária considerada economicamente mais produtiva. Em 2022, serão 147 milhões de brasileiros nesta faixa, o que vai representar 71% do total. A partir desta data, a população envelhecerá e os gastos com serviços médicos passarão de U$56 bilhões para U$ 112 bilhões.
- Quanto maior for o esforço para as pessoas cultivarem o bem-estar nos próximos anos, tanto melhor será a condição com que esta enorme quantidade de pessoas chegará à terceira idade - comenta.
>>Em site especial, leia mais sobre a pesquisa IBE 2013
Veja quem foi entrevistado no IBE 2013: