Deixei meu sapatinho
Na janela do quintal
Papai Noel deixou
Meu presente de Natal
Como é que Papai Noel
Não se esquece de ninguém
Seja rico, ou seja pobre
O velhinho sempre vem
Os versos, cantados há décadas, traduzem a magia dessa época. Este universo de fantasia, vivenciado por crianças do mundo todo, é o que perpetua a tradição do personagem mais célebre do Natal: o Papai Noel. E, dizem os especialistas, acreditar no bom velhinho é supersaudável, pois é nesta fase que as crianças começam a compreender que a fantasia é o primeiro passo para transformar um desejo em realidade.
- Neste momento, os pais exercem um papel muito importante na transição da fantasia e realidade. Cabe a eles deixá-las livre para que elas se sintam seguras nesta mudança - afirma o psicólogo Paulo Vaz.
Para a pedagoga Kátia Duarte, que trabalha há 28 anos com crianças, o desenvolvimento infantil saudável passa, necessariamente, por esta fase. Na visão dela, os pais devem incentivar e deixar a imaginação dos pequenos livre. Naturalmente, elas vão percebendo que se trata de uma lenda:
- Infelizmente, hoje as crianças estão cada vez mais precoces. Mas, em média, aos seis anos, elas deixam de acreditar, quando têm um entendimento maior da realidade.
Para a psicóloga Fernanda Farias, é importante falar sobre o Papai Noel e sobre o sentido do Natal para os filhos, e aproveitar para viajar com eles na fantasia:
- Levá-las para conhecer o Papai Noel ao vivo, comprar livros e músicas natalinas podem ser boas peripécias.
Ciência comprova que fantasia faz bem
Um psicólogo da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, conduziu um interessante estudo sobre o tema. No livro The Philosophical Baby: What Children's Minds Tell Us About Love, Truth and the Meaning of Life (ainda sem tradução para o português), o especialista mostra os resultados de testes realizados com 152 crianças de três a quatro anos. Primeiros, eles foram questionados sobre as fantasias que criavam e acreditavam. Em seguida, fizeram alguns testes para saber como entendiam o mundo real. E as crianças que brincavam e acreditavam mais em fantasias se saíam melhor na hora de entender a expectativa dos outros e distinguir a realidade da ilusão.
Segundo ele, as crianças criam imagens nas suas cabeças, pensam em soluções e se tornam mais criativas. Este tipo de pensamento as levariam, ainda, a entender como o mundo funciona, gerando novas ideias.
Como se vê, a fantasia de Natal é saudável não só para nossos corações, mas também para nossas mentes.
Para contar para seu filho
O Papai Noel é um personagem criado no século 9 por Nicolau Taumaturgo que, em sigilo, colocava um saco com moedas de ouro na chaminé das casas dos que estavam precisando de ajuda na época do natal. Tornou-se santo e símbolo natalino, partiu da Alemanha, onde vivia, até se tornar conhecido por todo o mundo.
Diz a lenda que Papai Noel é um bom velhinho de barba branca e comprida e vestimenta vermelha que mora no Polo Norte. Juntamente com seus assistentes, os duendes, são fabricados presentes para oferecer às crianças que se comportaram e obedeceram os pais durante o ano. Os duendes, além de fabricarem presentes, trabalham também perto de nossas casas, conhecendo o comportamento de cada criança e sua obediência com seus pais e, para isso, percorrem todo o mundo.
Sua figura bonachona, com uma longa barba, botas e roupa vermelha, foi uma criação de um cartunista chamado Thomas Nast, dos Estados Unidos - não, não é por causa da Coca-Cola, como muitos acham. E, claro, ele usa vestimentas pesadas porque, enquanto na América do Sul é verão, na América do Norte é inverno.
Como ele é chamado em outros países?
Santa Claus, Father Christmas, Nikolaus, Julemanden, Babouschka, Pai Natal, Perè Noel, Babbo Natale, Joulupukki, Sinterklaas.