Bem longe de estarem no fim da vida, eles estão vivendo mais e melhor. Não é só uma questão de números, que confirmam o aumento da expectativa de vida no Brasil. Trata-se de comportamento. Para muitos, a vida começa, sim, aos 60.
Viúva, aposentada e com os cinco filhos adultos e independentes (fora os 11 netos e três bisnetos), é na velhice que Angelina Langer, 80 anos, encontra tempo para fazer o que gosta. Disposição ela tem de sobra.
- Participo de vários grupos na comunidade, na igreja, vou a palestras, oficinas, viajo - enumera dona Angelina.
Além de conhecer pessoas diferentes, principalmente em viagens para eventos da terceira idade, ela reencontrou uma velha amiga em um dos grupos que participa, e que ajudou a fundar.
- Éramos vizinhas, mas ela se mudou fazia uns 10 anos e não vimos mais. Fomos nos reencontrar no grupo - conta a amiga, Noeli da Silva, 76 anos.
Evitar a solidão é o principal benefício dos grupos de terceira idade. Para a técnica em esporte e lazer Michele Silveira, que coordena há seis anos o grupo Maturidade Ativa e já viu até namoro começar entre um bailinho e outro, esse tipo de convivência é primordial para o envelhecimento saudável.
A psicóloga Nelma Aragon concorda:
- É o momento de intensificar a vida, ao invés de ficar remoendo coisas do passado.
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