Fazer as próprias escolhas marca a adolescência, quando começa o exercício de pertencimento a determinados grupos sociais. As redes na internet podem até facilitar esses encontros, se não se restringirem ao virtual.
- Por meio das redes eles podem articular os contatos para combinar o esporte, a festa, a viagem - exemplifica a psicóloga Nelma Aragon.
Em um relatório emitido no ano passado, a Academia Americana de Pediatria cita como benefícios das mídias sociais para crianças e adolescentes justamente o aumento das habilidades comunicativas e oportunidades de conexão social. Segundo o relatório, grande parte do desenvolvimento social e emocional da chamada Geração Y decorre do uso da internet.
O pesquisador em comunicação Marco Bonito, que estuda mídias digitais e dinâmicas sociais, destaca que o uso de certas ferramentas online acaba interferindo nas decisões e impactando no modo como as pessoas se deslocam pela cidade.
- Se você vê seus amigos fazendo check-in em um determinado local, você pode tomar a decisão de ir até lá e se encontrar com eles - comenta.
É claro que, assim como pode trazer benefícios, há riscos pelo mau uso de ferramentas digitais. Durante a convenção anual da Associação Americana de Psicologia, em 2011, Larry Rosen, professor de psicologia na Universidade da Califórnia, apresentou prós e contras das redes sociais na adolescência. Entre os riscos, Rosen apontou que adolescentes que utilizam Facebook com maior frequência demonstrariam mais tendências narcisistas e sinais de agressividade, teriam maior propensão à ansiedade, depressão e outros distúrbios psicológicos, além de afetar a aprendizagem.
A fórmula a ser descoberta para uma conexão saudável com o outro, seja virtual ou pessoal, como sempre, é o equilíbrio.
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