Em 2023, o Brasil registrou 10.338 mortes por aids. É o menor número desde 2013. Já os diagnósticos de HIV tiveram aumento de 4,5% (46.495 mil casos) no ano passado em comparação com 2022.
Para o Ministério da Saúde, a elevação no número de casos está relacionada com a maio oferta de testes.Os dados da pasta nacional mostram que os novos casos de aids (quando a infecção pelo HIV evolui para a doença) alcançaram 38 mil, 2,5% mais que os 37.056 em 2022. Mas a taxa de mortalidade, no mesmo período, caiu para 3,9 óbitos por 100 mil habitantes, a menor desde 2013.
Os números fazem parte do boletim epidemiológico atualizado divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (12).
A Região Norte teve a maior taxa de detecção do vírus (26%), seguida pela Região Sul (25%). Já entre as Capitais, Porto Alegre teve a terceira maior taxa 47,7% no ranking. Boa Vista (RR) registra taxa de 50,4% e Manaus (AM), 48,3%.
Aumento dos diagnósticos
Segundo o Ministério da Saúde, a elevação de casos está relacionada à oferta de testes.
"Uma vez que para iniciar a profilaxia, é necessário fazer o teste. Com isso, mais pessoas com infecção pelo HIV foram detectadas e incluídas imediatamente em terapia antirretroviral. O desafio agora é revincular as pessoas que interromperam o tratamento ou foram abandonadas, muitas delas no último governo, bem como disponibilizar o tratamento para todas as pessoas recém diagnosticadas para que tenham melhor qualidade de vida", diz nota da pasta.
Neste ano, o Brasil alcançou 109 mil usuários com tratamento PrEP, ante 50,7 mil em 2022. A profilaxia é distribuída, de forma gratuita, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo uma das principais estratégias para prevenir a infecção pelo HIV.