O Instituto Maria Schmidt (Imas) foi contratado de forma emergencial pela prefeitura de Viamão para assumir a gestão do hospital do município. O contrato, com duração de um ano, foi assinando no dia 28 de junho, mas começou a valer na madrugada desta quinta-feira (1°).
A estimativa é de que o quadro de funcionários do Hospital Viamão tenha redução de 33%. O Sindisaúde acompanha a situação e estima que haja uma redução de em torno de 600 para 400 funcionários no quadro geral, um corte de 33%.
O Imas ainda não divulgou quantos trabalhadores da gestão anterior irão permanecer no hospital.
A prefeitura de Viamão deve informar o balanço oficial nesta sexta-feira (2). O Executivo já havia garantido que todos os funcionários foram contatados pelo instituto para manifestarem interesse em permanecer nos cargos. Um processo seletivo foi aberto para cadastro reserva.
O sindicato também questiona a mudança da jornada de trabalho diurna, com plantões de 12 horas, sem folga mensal, para os profissionais recontratados. O órgão discorda desse modelo e apoia o uso dele somente para turnos noturnos, que também seguirão dessa forma.
A direção do hospital garante que a lei trabalhista e a convenção coletiva não impossibilitam a prática dessa jornada, que já é usada pela gestora em outros hospitais e que dá melhores resultados. Afirma, ainda, que a escala é feita em acordo com os colaboradores.
— Será uma gestão que visa otimizar recursos. Desde contratação pra manutenção do elevador até questões maiores. Existe um limite que vai até onde impacta na qualidade — afirma Francisco Paiva, novo diretor do hospital.
O movimento foi tranquilo em relação aos atendimentos na manhã desta quinta-feira.
Entenda a mudança
Em abril, a prefeitura de Viamão adquiriu o imóvel e o terreno do hospital por R$ 24 milhões. Anteriormente, o prédio pertencia à Fundação Universitária de Cardiologia (FUC), que seguiu administrando o local até que o Imas assumisse.
A FUC está em recuperação judicial e, por isso, vendeu o ativo como parte do acordo com a justiça. A venda serviu para manter os atendimentos essenciais à população.