A prefeitura de Porto Alegre emitiu alerta, nesta sexta-feira (2), para o risco de entrada do vírus da febre Oropouche na cidade a partir de pessoas que tenham viajado para diferentes regiões do Brasil e da América Central e possam ter sido infectadas.
A doença tem grande semelhança com a dengue e pode causar febre súbita, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações. Outros sintomas possíveis são tontura, dor atrás dos olhos, calafrios, sensibilidade à luz, náuseas e vômitos. O quadro tende a ser mais leve do que o da dengue, mas pode evoluir com comprometimento do sistema nervoso central e manifestações hemorrágicas. O Brasil já registrou dois óbitos em decorrência da febre Oropouche, na Bahia, os únicos no mundo até o momento.
O vírus é transmitido principalmente pela picada das fêmeas do mosquito-pólvora, inseto pequeno com manchas pretas e brancas nas asas. O mosquito-pólvora tem hábitos diurnos e, com frequência, ataca humanos próximos a plantações de bananeiras. Ocasionalmente, o mosquito comum (de cor marrom) também pode estar envolvido na propagação do vírus.
Conforme a Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul, a presença dessa espécie já foi comprovada em municípios do Litoral Norte como Mampituba e Três Forquilhas. No país, a maior parte dos casos foi registrada na Região Norte.
A orientação da Secretaria Municipal de Saúde da Capital é para que se aplique repelente nas áreas expostas do corpo. Há preocupação em relação a gestantes, uma vez que existem evidências de transmissão de mãe para filho. Não há tratamento específico para a febre Oropouche, e a recomendação é de repouso. Pela similaridade com a dengue, deve-se evitar o uso de anti-inflamatórios e beber muita água.