Na manhã desta segunda (8), a emergência estava aberta sem restrição. Anelise Leite acompanhava a irmã, com dores de cabeça, que foi classificada como verde – ou seja, menos urgente.
— O atendimento tá rápido. Chega aqui e preenche rapidamente o cadastro, não dá cinco minutos e chamam na triagem. De início está bem, as pessoas que chegaram antes já foram chamadas — contou.
Mesmo relato da auxiliar de cozinha Janaína Peres Souza, que esperava o marido em atendimento.
— Ele passou pela triagem, a pressão estava alta então ele já ficou em observação — destacou a mulher, que chegou a procurar a UPA de Alvorada na semana passada pelo mesmo motivo.
Na maternidade, uma mãe que saia com a bebê recém-nascida também afirmou que o atendimento ocorria dentro do previsto.
Confusão após transição
Após 25 anos, a Fundação Universitária de Cardiologia (FUC) passou a gestão do Hospital para a Associação Beneficente João Paulo II, do Recife, por determinação do Governo Estadual.
A medida gerou protestos e até demandas judiciais de antigos trabalhadores que reclamam do não pagamento de verbas rescisórias, nem garantias de que vão receber os direitos, por conta do processo de recuperação judicial enfrentado pela FUC.
Por isso, o primeiro dia de nova gestão foi marcado por protestos. O atendimento na emergência chegou a ficar restrito à casos considerados graves.