Em reunião de mediação realizada nesta terça-feira (26), entidades representativas de trabalhadores da saúde pediram a suspensão da assinatura do contrato entre o governo do RS e as novas gestoras dos hospitais de Cachoeirinha e Alvorada, na Região Metropolitana. A proposta é de que a paralisação seja temporária, enquanto estiverem em curso as negociações com a Fundação Universitária de Cardiologia, atual gestora das instituições de saúde.
O encontro ocorreu no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), em Porto Alegre. Participaram da reunião representantes de seis sindicatos ligados aos profissionais da saúde, da Fundação Universitária Cardiologia, do governo do Estado e do município de Alvorada.
Na reunião, o governo do RS se comprometeu a dar um retorno à solicitação dos trabalhadores até esta quarta-feira (27). Caso aceite, a vigência dos contratos temporários com o Hospital Ana Nery, de Santa Cruz do Sul, para administrar o Hospital de Cachoeirinha, e com a Associação João Paulo II, de Recife (PE), para assumir a gestão do Hospital de Alvorada, deve ficar suspensa enquanto durar a mediação. Já os sindicatos prometem analisar a possibilidade de adiar o início de uma eventual greve a partir da resposta.
Os profissionais temem o não pagamento de verbas rescisórias, já que a Fundação Universitária Cardiologia, que está em recuperação judicial, deve deixar de administrar os dois hospitais já no início do mês que vem. No dia 4 de abril, um novo encontro foi marcado, também na sede do TRT4, às 14h.