A UTI pediátrica do Hospital Vila Nova, em Porto Alegre, tem uma nova previsão para retomar os atendimentos. Conforme a diretora Administrativa da Associação Hospitalar Vila Nova, Thais Malcorra, o espaço deve ser reaberto no final de março/início de abril. Menos de seis meses após inauguração, o local foi fechado em dezembro de 2023 pela ausência de recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) para a manutenção do serviço.
Esse custo se aproxima de R$ 600 mil mensais. A primeira estimativa divulgada pela instituição para reabertura era este mês.
— Estamos aguardando a aprovação do projeto arquitetônico da UTI Pediátrica junto à Vigilância Sanitária porque houve algumas revisões pela própria e ajustes de nossa parte. Após isso, iniciaremos imediatamente o processo de habilitação do serviço — explica Thais.
Ela afirma, no entanto, que em caso de necessidade sazonal, a UTI poderá ser disponibilizada de forma temporária, mesmo antes da habilitação completa junto ao Ministério da Saúde (MS). O Hospital Vila Nova está em negociações com o MS para que a UTI receba verba pelo SUS. O valor do repasse seria de R$ 400 mil mensais.
— Caso ainda haja alguma demora no processo de habilitação, a estrutura de 10 leitos existentes poderá ser utilizada se o gestor tiver alguma demanda sazonal, como a operação inverno no ano passado — relata.
Contratos encerrados em setembro
Até o mês de novembro, a UTI Pediátrica ainda estava operando com recursos próprios, uma vez que os contratos com a prefeitura e a Secretaria Estadual de Saúde (SES) foram encerrados em setembro. Na época, o diretor da Associação Hospitalar Vila Nova, Dirceu Dal'Molin, afirmou à reportagem de GZH que as internações não estavam ocorrendo desde o fim dos contratos com os órgãos públicos.
A UTI pediátrica funcionou por cinco meses e meio após a abertura, dispondo de 10 respiradores, 10 monitores, 10 camas e 30 bombas de infusão destinados ao enfrentamento do aumento de casos de doenças respiratórias durante os meses de frio. Segundo o hospital, no período, 200 crianças foram atendidas, e nenhum óbito foi registrado. A equipe de médicos contratada para atuar no setor foi dispensada, enquanto profissionais de enfermagem, fisioterapia e fonoaudiologia foram realocados.