Técnicos da Secretaria Municipal da Saúde e integrantes do Exército encontraram larvas do mosquito Aedes aegypti no centro histórico de Porto Alegre durante ação conjunta realizada na manhã desta terça-feira (27). É a primeira vez que o bairro foi visitado desde que os militares se somaram aos agentes da pasta, em parceria iniciada na semana passada. Outros cinco bairros da Capital já foram visitados.
Os focos com a presença do mosquito foram localizados em bromélias em uma praça na rua Washington Luiz e, na mesma rua, na sede da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). A instituição de ensino foi notificada para realizar a limpeza do terreno, em razão do acúmulo de materiais de construção.
Procurada por GZH, a UERGS informou que "já está providenciando a remoção e a limpeza dos locais onde há focos de mosquito". Além disso, realizará uma campanha interna de prevenção contra novos focos (leia a íntegra da nota abaixo).
Centro Histórico foi dividido em duas áreas
Apesar dos flagrantes, a avaliação do trabalho durante a manhã é positiva. Segundo a coordenadora da unidade de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal da Saúde, Roxana Nishimura, a presença do Exército traz segurança a moradores e comerciantes na hora de receberam os agentes.
— Acabamos encontrando focos em algumas regiões. Viramos potes e eliminamos larvas de modo a não facilitar a reprodução de mosquitos adultos — explica a coordenadora.
Para a ação desta terça-feira, o Centro Histórico foi dividido em duas áreas. Foram dois perímetros no entorno de um caso confirmado de dengue autóctone e um de chikungunya importado. As equipes percorream ruas como Duque de Caxias, Washington Luiz, Demétrio Ribeiro, Espírito Santo, Vasco Alves, Fernando Machado e General Portinho.
A Capital tem 151 casos confirmados de dengue e nenhuma morte. A prefeitura orienta a quem quiser denunciar focos do mosquito que ligue para o telefone 156 ou registre pelo aplicativo 156+Poa.
Leia nota da UERGS na íntegra:
"A Uergs recebeu, na manhã desta terça-feira (27/02), a visita de uma equipe da Vigilância Ambiental. O principal motivo dessa visita é a localização do Campus Central da Universidade, que está em um raio de aumento de casos de dengue na Capital. Há seis meses também houve uma vistoria e não tínhamos nenhum foco do mosquito transmissor da doença. Agora a situação mudou, principalmente em função de um canteiro de obras de reformas do Campus Central da Universidade, e foram encontrados focos do inseto. Em razão disso, recebemos uma notificação e orientações sobre o que é necessário fazer para a remoção desses focos em até uma semana. Esse prazo será atendido pela Universidade, que já está providenciando a remoção e a limpeza dos locais onde há focos de mosquito, bem como uma campanha de Comunicação Interna para a prevenção de novos focos na Uergs."