
A história de Maria Branyas, de 116 anos, considerada a mulher mais velha do mundo, intrigou pesquisadores, que decidiram coletar amostras do DNA da idosa para estudar os possíveis segredos desta longevidade. O objetivo é tentar desvendar a chave para prolongar a vida humana. As informações são do O Globo.
O pesquisador e médico da área da genética, Manel Esteller, se encontrou com Maria no início de 2023, segundo a ABC. Conforme o relato do especialista, a idosa está bem e completamente lúcida.
— Está claro que há algum componente genético, porque vários membros de sua família têm mais de 90 anos — afirma Esteller.
Maria teve três filhos: uma de 90 anos, outra de 79 e um filho que morreu aos 77. Nascida em 1907, em São Francisco, nos Estados Unidos, a mulher viveu grande parte de sua vida na região da Catalunha, na Espanha. Durante esses anos, passou por guerras mundiais, civis, um terremoto, um incêndio e sobreviveu à pandemia de Covid-19.
A norte-americana afirma que nunca teve uma doença grave ao ponto de ser encaminhada a uma sala de cirurgia, mesmo já contraindo alguma doença, como a própria Covid-19, com uma idade já centenária. Além disso, a idosa relata que sempre comeu "pouco, mas de tudo", nunca adepta a qualquer tipo de regime.
Maria destaca que sempre buscou manter apenas pessoas que lhe fazem bem em seu convívio social, tirando as "tóxicas" da sua roda de amigos.
— A minha vida longa se deve à ordem, tranquilidade, boa conexão com amigos e família, contato com a natureza, estabilidade emocional e muita positividade. Além dos genes e de sorte, claro — conta.
O intuito do estudo é analisar seis bilhões de segmentos do DNA de Maria, focado nos genes que estão diretamente ligados ao envelhecimento humano. Os resultados serão comparados com a sua segunda filha, de 79 anos.