Presente em refrigerantes e chicletes, o adoçante aspartame deverá ser adicionado à lista de produtos "possivelmente carcinogênico para humanos" em julho deste ano. É a primeira vez que Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), braço de pesquisa sobre câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS), classifica o potencial cancerígeno do aspartame.
Segundo a Reuters, a decisão deverá ser publicada no dia 14 de julho pela OMS. A avaliação da Iarc é feita com base nos resultados de revisões sistemáticas das evidências disponíveis sobre o produto pesquisado. No caso do aspartame, a Iarc buscou entender quais os benefícios e malefícios do uso à longo prazo. Os achados das pesquisas deverão ser confidenciais até a divulgação da decisão, afirmou a agência de notícias.
Apesar da classificação ser recente, o aspartame é um ingrediente antigo. Estudos da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos apontam que a substância tenha sido inventada na década de 1960 e começou a ser produzida em larga escala nos anos 1980. O produto ganhou fama por ser um adoçante artificial de baixo valor calórico.
No Brasil, uma série de produtos tem aspartame na composição. Entre eles, refrigerantes diet, chicletes e adoçantes. A lista, porém, pode incluir outras balas e gomas de mascar, cereais, alimentos congelados e, até mesmo, produtos lácteos, como iogurtes.
No passado, decisões semelhantes da Iarc para diferentes substâncias levantaram preocupações entre os consumidores. A pressão, em alguns casos, levou fabricantes a recriarem receitas e trocarem os compostos listados por alternativas consideradas mais saudáveis.