A mulher de 45 anos que retirou um tumor de 46 quilos em 1º de setembro no Hospital São José do Avaí, no Rio de Janeiro, acabou morrendo no domingo (11) em decorrência de uma parada cardíaca. As informações são do G1.
Segundo o médico-cirurgião Glaucio Boechat, que realizou a cirurgia e acompanhava a paciente no pós-operatório, o quadro de saúde da mulher era estável e ela receberia alta do Centro de Terapia Intensiva (CTI) nesta segunda-feira (12).
Ainda de acordo com Glaucio, no domingo, a paciente aparentava estar bem e chegou a conversar com médicos e enfermeiros da unidade hospitalar. Os familiares aguardavam pela alta da mulher.
Do diagnóstico à operação
Uma mineira de 45 anos e 1,52 metro de altura, que atualmente estava morando na cidade carioca de Itaperuna, deu entrada em 29 de agosto no Hospital São José do Avaí, no Rio de Janeiro, devido à falta de ar e a um quadro de anemia.
Por conta do estado de saúde, a paciente foi levada até o Centro de Terapia Intensiva (CTI), onde se submeteu à transfusão de sangue. Após a realização de uma tomografia, em 31 de agosto, os médicos descobriram que a mulher estava com câncer e tinha um enorme tumor na região do abdômen.
A paciente pesava 150 quilos, mas desse total, 46 eram do tumor, que se encontrava no organismo em seu organismo há cinco anos sem ela saber. Com a piora do quadro, a mulher apresentava cada vez mais falta de ar, e a equipe médica solicitou a realização de uma cirurgia de emergência.
O procedimento foi realizado por Boechat e contou com três anestesistas, dois residentes de cirurgia e quatro auxiliares de enfermagem. A duração total da operação foi de cerca de duas horas.
Na ocasião, o médico contou à GZH que em seus 22 anos de carreira nunca havia visto um tumor tão grande. Segundo ele, a cirurgia foi considerada como de altíssimo risco. Apesar disso, o procedimento foi bem sucedido, com a retirada integral da célula cancerígena.
Logo depois do procedimento, a paciente foi encaminhada para o CTI, onde estava se recuperando. Lá, ela respirava com o uso de aparelhos, mas conseguia comer e conversar normalmente. Até o momento, nem o hospital e nem os familiares da paciente se manifestaram sobre o óbito.