Em informe técnico divulgado nesta sexta-feira (12), a Secretaria Estadual da Saúde (SES) recomenda aos municípios ampliar a vacinação com a segunda dose de reforço para as pessoas com comorbidades na faixa etária dos 18 aos 39 anos. De acordo com um estudo do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), dos 105 óbitos por covid-19 ocorridos no ano de 2022 no Rio Grande do Sul nesta faixa etária, 95 ocorreram em pessoas com doenças crônicas que comprometem a imunidade - o equivalente a 90,5% das mortes.
Em Porto Alegre, até o momento, a quarta dose está sendo aplicada em maiores de 35 anos e em profissionais de saúde de 18 anos ou mais, não sendo considerada a existência de comorbidades para preferência na oferta do imunizante.
O intervalo mínimo para a aplicação do segundo reforço - ou quarta dose - é de quatro meses após o primeiro reforço.
A orientação do Estado também é válida para as pessoas que fizeram o esquema primário com a Janssen (dose única), seguido de dois reforços, que deverão agora receber um terceiro, independentemente do imunizante utilizado nos reforços anteriores.
Ainda segundo o estudo do Cevs, as estimativas do efeito protetor da dose de reforço da vacina na população entre 18 a 39 anos indicaram uma taxa quatro vezes menor de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por coronavírus no grupo vacinado com dose de reforço em comparação com o grupo não vacinado ou com esquema incompleto de imunização.
A orientação da SES é que para a quarta dose sejam usadas as vacinas da Pfizer, Janssen ou AstraZeneca, independentemente dos imunizantes aplicados no esquema primário e no primeiro de reforço.
As doenças a serem consideradas estão descritas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra covid-19.
Entre as comorbidades elegíveis estão diabetes mellitus, pneumopatias crônicas graves, hipertensão arterial (resistente, em estágio 3, ou estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo), doenças cardiovasculares, doenças neurológicas, doença renal crônica, indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea, pessoas vivendo com HIV, hemoglobinopatias, obesidade mórbida, Síndrome de Down e cirrose hepática.