O número de casos de varíola dos macacos subiu para 12 no Rio Grande do Sul segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES). Sete deles foram confirmados na última semana. Entre o total, são sete homens e cinco mulheres.
Com a atualização desta quarta-feira (3), são sete municípios com casos da doença. Em Porto Alegre, um dos pacientes é morador de outro país e teve o diagnóstico durante uma viagem à cidade.
Veja o número de casos confirmados em cada município:
- Canoas: 1
- Caxias do Sul: 2
- Garibaldi: 1
- Igrejinha: 1
- Porto Alegre: 5
- Uruguaiana: 1
- Viamão: 1
No Brasil, o Ministério da Saúde passou a considerar o país em surto desde a semana passada. De acordo com a pasta, são 1.603 casos no país, distribuídos em 18 Estados.
Na última quinta-feira (28), o Brasil registrou a primeira morte, de um paciente de Belo Horizonte (MG). Trata-se de um homem de 41 anos com imunidade baixa e comorbidades, incluindo câncer (linfoma), que levaram ao agravamento do quadro. Ele ficou internado e foi encaminhado para a CTI. A causa do óbito foi choque séptico, agravada pela varíola dos macacos.
Sobre a doença
É uma causada por um vírus e foi diagnosticada e identificada na década de 1960 primeiro em macacos, por isso ficou conhecida como “varíola dos macacos”. Essa doença tem caráter endêmico em alguns países da África Central e da África Ocidental. Ao longo da história da saúde pública mundial, houve surtos em alguns países, como, por exemplo, nos Estados Unidos, mas com poucos casos. Porém, neste ano foi identificado o primeiro grande surto em países não endêmicos.
Transmissão, prevenção e tratamento
A principal forma de transmissão é por meio do contato pele com pele, secreções ou por objetos pessoais do paciente infectado. O período de incubação (tempo entre o contágio e o aparecimento de sintomas) é geralmente de seis a 13 dias, mas podendo chegar a até 21. Inicialmente a pessoa apresenta febre, dor de cabeça intensa, dor nas costas e inchaço nos linfonodos (pescoço, axila ou virilha). Lesões na pele costumam surgir mais frequentemente na face e extremidades.
Considerando que a transmissão ocorre por contato direto prolongado com pessoas infectadas ou por objetos contaminados (como toalhas, lençóis, talheres), recomendam-se como formas de prevenção o isolamento dos doentes (com uso de máscara) e a intensificação de medidas de higiene individuais (lavagem de mãos) e ambientais (desinfecção de superfícies de toque do paciente).
Os pacientes diagnosticados devem receber líquidos e alimentos para manter o estado nutricional adequado e manter as lesões cutâneas limpas e secas.