A Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou 5.322 casos mundiais da varíola dos macacos, confirmados por laboratório. O aumento foi superior a 50% em relação ao balanço anterior, no dia 22 de junho, e contabilizou uma morte, anunciou uma porta-voz da organização nesta terça-feira (7).
— A OMS segue pedindo aos países que prestem atenção especial aos casos de varíola dos macacos, para tentar limitar as contaminações — declarou Fadela Chaib em uma conferência de imprensa feita em Genebra.
No momento, não está prevista uma segunda reunião do comitê de emergência da OMS sobre o assunto, depois da primeira reunião no dia 23 de junho.
A agência de saúde estimou na semana passada que o atual surto de varíola dos macacos, mesmo muito preocupante, não constituía "uma emergência de saúde pública de âmbito internacional", o nível mais alto de alerta da organização.
O número de casos aumentou consideravelmente nos últimos dias. No último balanço, feito no dia 30 de junho, apresentou-se um aumento de 55,9% em respeito à contagem anterior, que oito dia antes registrava apenas 3.413 casos.
A Europa segue sendo a região mais afetada pelo vírus com 85% dos casos, enquanto 53 países são afetados.
Desde maio, foi detectado um aumento incomum de casos da varíola dos macacos fora dos países da África Central e Ocidental, em que o vírus circula habitualmente.
— Houve alguns casos em crianças e em pessoas com um sistema imunológico comprometido — enfatizou a porta-voz.
Brasil
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem 78 casos confirmados: um no Distrito Federal, três em Minas Gerais, dois no Rio Grande do Sul, um no Paraná, 52 em São Paulo, 16 no Rio de Janeiro, dois no Ceará e um no Rio Grande do Norte. Outros 40 são investigados.
Monkeypox
Conhecida em humanos desde 1970, varíola dos macacos, também conhecida como Monkeypox, é considerada muito menos perigosa e contagiosa que a varíola, erradicada em 1980. A varíola dos macacos, manifestada através de sintomas gripais e erupções cutâneas, geralmente desaparece após duas ou três semanas.
* AFP