Amsterdã, na Holanda, registrou o diagnóstico de varíola dos macacos (monkeypox) em uma criança de menos de 10 anos. O relato do caso foi publicado na revista científica Eurosurveillance. Nos Estados Unidos também há casos em crianças — o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) anunciou dois diagnósticos, e a idade dos dois pacientes não foi revelada. As informações são do jornal O Globo.
No caso holandês, o paciente foi diagnosticado após retornar de uma viagem, na qual passou uma semana na Turquia. Em um primeiro momento, os médicos acreditaram tratar-se de uma infecção de pele, pois a criança apresentava duas lesões, uma na mandíbula e outra na bochecha. Posteriormente, o número cresceu, e as lesões se espalharam pelo corpo. Então, o diagnóstico de varíola dos macacos foi confirmado com exames.
Após uma semana, a carga viral caiu para níveis não detectáveis, e o paciente teve uma recuperação total, conforme relataram os médicos. Autoridades de saúde holandesas rastrearam os contatos da criança e não identificaram pessoas com comprovação ou suspeita para infecção pela varíola, não identificando assim a fonte da contaminação.
Estados Unidos
Os dois casos infantis de monkeypox nos Estados Unidos foram revelados na última sexta-feira (22), pelo CDC. Uma das crianças reside no Estado da Califórnia e a outra não é residente do país, conforme o G1.
Ambas estão recebendo tratamento e passam bem, segundo o comunicado do CDC. Os casos não estão relacionados entre si e são "provavelmente o resultado de transmissão doméstica".
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu no sábado (23) que o surto de varíola dos macacos configura uma emergência global de saúde. De acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, já foram identificados mais de 16 mil casos da doença em 75 países, com registro de pelo menos cinco mortes.