O Ministério da Saúde da Espanha confirmou, neste sábado (30), a segunda morte por varíola dos macacos no país — um dia após a primeira. "Entre os 3.750 pacientes (...) 120 foram internados e dois morreram", diz o relatório do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências Sanitárias. O documento, no entanto, não especifica a data deste segundo óbito.
Estas são as primeiras vítimas fatais do vírus na Europa. Na Espanha, um dos países com mais casos do mundo, 4.298 pessoas foram infectadas, segundo o último balanço divulgado.
Na sexta-feira (29), o Brasil registrou a primeira morte. A confirmação foi feita pelo Ministério da Saúde e, segundo a pasta, a vítima é um homem de 41 anos com imunidade baixa e comorbidades, incluindo câncer (linfoma), que levaram ao agravamento do quadro.
Um total de sete mortes foi registrado em todo o mundo desde maio, com as cinco primeiras relatadas na África, onde a doença é endêmica e onde foi detectada pela primeira vez em humanos em 1970. A maioria das contaminações está concentrada na Europa, com 70% dos 18 mil casos detectados desde o início de maio, e 25% nas Américas, segundo o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.
A MS emitiu o mais alto nível de alerta, de Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional (USPPI) em 24 de julho, para fortalecer a luta contra a varíola do macaco, também conhecida como monkeypox.