Divulgado nesta sexta-feira (20), o novo boletim do InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apontou que o Rio Grande do Sul está entre os 18 Estados que apresentam tendência de crescimento no número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). O boletim também informou que os casos de Sars-Cov-2 (covid-19) voltaram a predominar entre as ocorrências com resultado laboratorial positivo para vírus respiratórios. A análise é referente ao período de 8 a 14 de maio.
De acordo com a Fiocruz, as infecções por covid-19 correspondem a 41,8% dos casos de SRAG registrados nas últimas quatro semanas epidemiológicas. Os registros associados ao metapneumovírus também apresentam crescimento, principalmente na população infantil de zero a quatro anos. Os dados da Fiocruz destacam ainda que 35% do total de casos de SRAG (36,5%) são de Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que atinge fundamentalmente crianças pequenas.
Em nível nacional, os dados indicam crescimento no número de casos semanais de SRAG em todas as faixas etárias da população adulta. Nas crianças e adolescentes, observa-se manutenção do sinal de estabilização — em patamar elevado — nas faixas etárias de zero a quatro e cinco a 11 anos. No grupo de zero a quatro anos, os casos seguem fundamentalmente associados ao VSR.
— O aumento de casos de SRAG na população adulta fez com que os resultados positivos voltem a ser de Sars-CoV-2. No Rio Grande do Sul, é possível observar que o aumento de casos de SRAG também está associado ao aumento de casos de Influenza A, ainda que em valores relativamente baixos e inferiores àqueles associados ao Sars-CoV-2 — observa o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe
Além do Rio Grande do Sul, apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.