A nova reunião entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Butantan, realizada na tarde desta sexta-feira (13), não resultou em uma decisão sobre o uso da CoronaVac em crianças de três a cinco anos. De acordo com a agência reguladora, o último dossiê com informações complementares apresentado pelo Butantan “ainda não contempla todos os itens indicados pela equipe técnica no pedido de exigência”.
O processo de avaliação para aprovar o uso da vacina contra a covid-19 nesta faixa etária teve início há quase dois meses, em 14 de março. Desde então, a Anvisa tem solicitado dados complementares ao instituto. O último pedido, feito em 14 de abril, foi respondido pelo Butantan na terça-feira (10), mas as informações ainda estão sendo analisadas pela equipe técnica da agência.
Na quarta (11), a Anvisa informou que sua equipe de especialistas já havia iniciado a análise da documentação e que isso seria feito “no menor tempo possível para uma avaliação segura de uma vacina destinada a crianças menores”.
Em nota publicada em seu site nesta sexta, a agência afirma que, segundo o Butantan, as informações restantes — que são os dados atualizados de estudos de efetividade feitos no Chile — já foram solicitadas aos pesquisadores do país e ainda serão compartilhadas com a agência reguladora.
O texto também informa que a Anvisa reiterou, em 6 de maio, o ofício já enviado ao Chile, no qual reafirma a importância de manter a parceria e a troca de informações a respeito dos estudos que estão sendo conduzidos com a CoronaVac, especialmente a pesquisa de efetividade das vacinas aplicadas em crianças no país.
O imunizante é produzido pelo Instituto Butantan, a partir de parceria com a chinesa Sinovac, e já tem autorização para uso no público acima de seis anos. A CoronaVac é aplicada em crianças a partir dos três anos em sete países, de acordo com o laboratório: China, Chile, Colômbia, Tailândia, Camboja, Equador e o território de Hong Kong.