A hipertensão arterial sistêmica, ou simplesmente hipertensão, é considerada o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença é responsável por, pelo menos, 40% das mortes por acidente vascular cerebral (AVC), por 25% das mortes por doença arterial coronariana e, em combinação com o diabete, 50% dos casos de insuficiência renal terminal.
Segundo dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) em 2021, cerca de 30% dos brasileiros são hipertensos. Nesse cenário, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, nesta terça-feira (26), ganha ainda mais importância.
Mais conhecida como "pressão alta", a hipertensão é uma doença crônica não transmissível (DCNT), caracterizada pela "elevação sustentada dos níveis de pressão arterial, acima de 140×90 mmHg (milímetro de mercúrio), popularmente conhecida como 14/9", conforme descreve a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde.
Entretanto, alguns especialistas e até mesmo o padrão médico estadunidense já adotam 120x80mmHg, ou acima de 12 por 8, como quadro de pressão alta, chamando atenção para o cuidado com a pressão arterial já nesse estágio. De acordo com o Ministério da Saúde, a hipertensão arterial pode ser primária, quando geneticamente determinada, ou secundária, quando decorrente de outros problemas de saúde.
Sinais e causas
Considerada uma doença silenciosa, em muitos casos a hipertensão é diagnosticada somente medindo a pressão regularmente. Os sinais da doença costumam aparecer quando a pressão se eleva consideravelmente, podendo acontecer dor no peito, dor de cabeça, palpitação, tontura e alteração na visão.
Assim, a visita regular ao médico e a vigília constante à pressão tornam-se ainda mais importantes. Pacientes que têm histórico familiar de pressão alta devem ter atenção redobrada, já que o fator hereditário é o principal causador da doença.
Para além da genética, sobrepeso e obesidade, estresse, maus hábitos alimentares, consumo exagerado de sal, tabagismo, consumo de álcool em excesso, níveis altos de colesterol e sedentarismo podem estar associados à doença.
Tratamento e prevenção
Embora a pressão alta não tenha cura, a doença pode ser controlada e tratada, evitando que se agrave e desenvolva complicações como AVC, infarto e doença renal. A principal forma de tratamento da pressão alta é por meio de medicamentos.
No Brasil, os tratamentos basicamente estão apoiados em cinco grandes grupos de medicamentos, entre eles os diuréticos. Bloqueadores de canais de cálcio, inibidores da enzima conversora da angiotensina, bloqueadores de receptores da angiotensina e betabloqueadores também são utilizados no tratamento. Mas atenção: somente um médico é capaz de orientar qual é o melhor método para a condição de cada paciente.
Além disso, ter um estilo de vida saudável e equilibrado é a forma mais eficaz de combater e controlar a pressão alta. Manter o peso adequado, ter bons hábitos alimentares, praticar atividade física, fazer um consumo moderado de álcool e sal são ótimos aliados para isso.