Das 650 mil mortes por covid-19 registradas no Brasil até esta quarta-feira (2), 38.312 delas ocorreram no Rio Grande do Sul — o que representa 5,9% do total.
Nesta quarta, foram mais 40 óbitos pela doença incluídos no sistema. Com essa atualização, a média móvel diária de mortes no Estado está em 37,4. Especialistas e o governo do RS alertaram nos últimos dias que, por conta do feriadão de Carnaval, haverá atraso na inserção das mortes mais recentes no sistema.
O indicador atual, ainda que superior aos momentos de baixa de óbitos, está distante dos picos atingidos em 2020 e 2021. No pior momento de registro de mortes da pandemia, entre o fim de março e o início abril de 2021, a média móvel de óbitos bateu a marca de 302,6.
Os últimos dois meses foram aqueles com maior quantidade de casos confirmados, no Rio Grande do Sul, sendo fevereiro o recordista, com 330.915 novas infecções.
Apesar de os dois primeiros meses de 2022 serem recordistas de casos, ambos estão longe de serem recordistas de mortes. Em fevereiro, foram 1,4 mil mortes por covid-19 inseridas no sistema no Rio Grande do Sul.
Ao longo das últimas semanas, especialistas consultados por GZH têm apontado que o fato de o Estado registrar recorde de casos sem, contudo, registrar recorde de mortes se deve aos efeitos positivos da vacinação. A vacina é a principal responsável por reduzir as chances de as pessoas desenvolverem formas graves da doença, apontam os estudiosos. Há indicativos, também, de que a Ômicron seja menos agressiva do que as variantes anteriores do coronavírus.
— Conseguiu-se demonstrar que a Ômicron causa menos agressão. Porém, o efeito da vacina é inequívoco. Então, temos dois fatores explicando isso. Apesar de a Ômicron ser menos grave, os não vacinados sofreram muito mais nesta onda. Se não tivéssemos vacinas, agora já seria um morticínio, realmente, devido à quantidade de pessoas que foi infectada — avaliou, nesta terça-feira (1º), o médico infectologista do Hospital de Clínicas, Alexandre Zavascki.