A partir da publicação do novo decreto da prefeitura de Porto Alegre, no final da tarde desta sexta-feira (18), as chamadas instituições de longa permanência para idosos (ILPIs), não precisam mais exigir o uso de máscaras.
O documento assinado pelo prefeito Sebastião Melo mantém obrigatória a máscara no transporte público e nos estabelecimentos de saúde, como hospitais e consultórios, mas, nas casas geriátricas, a medida passa a ser apenas “fortemente recomendada”.
Apesar da mudança, especialistas ressaltam que é fundamental que o grupo a partir de 60 anos continue com a proteção facial principalmente em ambientes fechados. Trata-se de um dos públicos de alto risco para complicações da covid-19, entre outras doenças respiratórias. Cuidadores e outras pessoas que convivem com idosos também precisam utilizar o acessório.
Lucia Pellanda, epidemiologista, professora e reitora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), destaca um aspecto importante em relação à vacinação.
— Já faz mais tempo que os idosos tomaram a dose de reforço, e talvez seja necessário repensar, agora, outro reforço. Não consigo pensar em tirar as máscaras neste momento, principalmente em espaços fechados. Todos os locais que tenham alguma relação com saúde precisam, necessariamente, continuar com a recomendação forte de uso de máscara, independentemente de qualquer decreto — diz Lucia.
Carlos Gomes, gerente-geral do Asilo Padre Cacique, afirma que nenhuma mudança referente a máscaras será implementada neste momento. Cem idosos são atendidos no local atualmente. O quadro de funcionários soma 88 colaboradores, que também continuarão com a proteção.
— Estamos mantendo o nosso protocolo interno. Aguardamos mais uma reunião da equipe técnica, e isso será avaliado com o tempo. Temos que cumprir nossa missão aqui dentro: cuidar desses idosos carentes.