Xangai relatou um novo aumento de casos de covid-19 nesta terça-feira (29) — noite de segunda (28) no Brasil —, apesar do confinamento parcial decretado na capital econômica da China que causou uma corrida dos moradores aos supermercados.
A metrópole tornou-se nos últimos dias o epicentro de uma nova onda de infecções ligadas à variante Ômicron, que começou a acelerar no início de março e está testando a estratégia "covid-zero" da China.
O Ministério da Saúde registrou 4.477 novos casos positivos de coronavírus em Xangai nesta terça-feira, contra 3,5 mil no dia anterior. A cidade tem 25 milhões de habitantes.
O número de contágios é baixo em escala global, mas alto na China, onde o índice de novas infecções diárias raramente ultrapassou cem desde a primavera de 2020, após a contenção da primeira onda nascida na cidade de Wuhan.
A metade leste de Xangai está confinada há quatro dias. A partir de 1º de abril, será a vez da parte oeste da cidade.
As autoridades justificam esse confinamento em duas etapas devido ao impacto econômico que o bloqueio de toda a cidade teria. O anúncio repentino desta medida, na noite de domingo, provocou um afluxo de moradores aos supermercados da zona oeste da cidade, que ficarão abertos até quinta-feira.
Muitas lojas pareciam ter sido saqueadas, com prateleiras e corredores completamente vazios.
— O preço das mercadorias está subindo e as pessoas estão em pânico — disse à AFP Yang, um aposentado que se recusou a dar seu nome completo.