O YouTube deletou um vídeo no qual o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, chamava a vacinação de crianças contra a covid-19 de "infanticídio". A remoção ocorreu na noite desta quarta-feira (12), um dia após a publicação do conteúdo gerar mobilização nas redes contra o pastor.
O vídeo questionava a necessidade de vacinar o público infantil e afirmava erroneamente que o imunizante não é seguro. Na terça (11), o pastor teve de excluir do Twitter, a pedido da própria plataforma, uma publicação que havia feito para divulgar o conteúdo.
À reportagem, o YouTube informou que remove vídeos que violem as diretrizes de desinformação médica.
"Não permitimos conteúdo com alegações de que as vacinas causam efeitos colaterais crônicos além das reações adversas raras que são reconhecidas pelas autoridades de saúde, que questione a eficácia dessas vacinas com alegações de que elas não reduzem a transmissão e a contaminação por doenças ou ainda que questione as substâncias contidas nas vacinas", relatou a empresa.
Entretanto, outro vídeo do pastor contra a vacinação infantil, inclusive repetindo o termo "infanticídio", continua disponível no YouTube. A plataforma ainda não esclareceu se também pretende removê-lo.
Na terça-feira, a hashtag #DerubaMalafaia chegou ao topo dos assuntos mais comentados do Twitter. Usuários pediam que a rede social banisse a conta do pastor como punição pelo compartilhamento de desinformação sobre a covid. A mobilização continuou ao longo do dia seguinte. O perfil continua no ar nesta quinta-feira.
Procurado, Malafaia ainda não se manifestou sobre a remoção do vídeo do YouTube. Comentando a exclusão de suas postagens no Twitter, o pastor negou que espalhe desinformação, argumentando que apresenta dados para justificar suas declarações.