Durante evento para vacinar a primeira criança brasileira com a CoronaVac, em São Paulo, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou que a parada cardiorrespiratória de uma menina de 10 anos, em Lençóis Paulista, no interior do Estado, não tem relação com a vacina contra a covid-19. O caso levou a prefeitura local a suspender a aplicação da dose pediátrica da Pfizer por uma semana.
De acordo com Gorinchteyn, a menina tem uma doença cardíaca rara que a família desconhecia. Segundo ele, dez especialistas ligados ao governo procuraram a equipe médica que atendeu a criança.
— Se concluiu que não se trata de um evento adverso decorrente da vacina — disse. — Não tem qualquer relação com o imunizante ministrado.
Segundo o Estadão, a criança teve uma parada cardiorrespiratória cerca de 12 horas após receber o imunizante da Pfizer, na terça-feira (18). Ela está internada no complexo hospitalar da Unimed de Botucatu.
O prefeito da cidade, Anderson Prado (DEM-SP), disse que o motivo da parada não estava confirmado no momento da suspensão da vacinação no município. Segundo ele, o único outro relato de mal-estar após a aplicação foi o de uma criança que teve febre leve.
— Que é uma reação esperada, inclusive entre os adultos — comentou.
Em nota, o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) já havia apontado que foi "precipitado e irresponsável afirmar que o caso do município está associado à vacinação". "Na maioria das vezes, os casos de eventos adversos pós-vacinação são coincidentes, sem qualquer relação causal com o imunizante".