O número de pacientes com covid-19 internados em leitos clínicos – casos de baixa e média complexidade – cresceu 78,5% nos últimos sete dias no Rio Grande do Sul. No dia 2, o Estado contabilizava 144 pessoas com confirmação de covid-19 em leitos clínicos. Este domingo (9) terminou com 257 pessoas na mesma situação.
Apesar de expressiva, a alta nas internações clínicas pela doença nos últimos dias não acompanha o crescimento vertiginoso no número de casos confirmados no Estado. Apenas na última semana de 2021 os casos mais do que triplicaram no Rio Grande do Sul.
Especialistas ouvidos nos últimos dias por GZH apontam que o fato de as internações não estarem subindo na mesma proporção do aumento de casos se deve, por um lado, à proteção da vacina e, por outro, a indicativos de que a variante Ômicron é menos agressiva do que as anteriores.
— Isso muito se deve, com certeza, à vacinação. Mas deve ter aí também um componente intrínseco desse vírus (variante Ômicron) que produz menos infecção nas vias aéreas inferiores. Uma coisa a gente tem certeza: a vacina sem dúvida alguma desenvolve papel fundamental e preponderante — apontou, na última sexta-feira (7), o chefe do Serviço de Infectologia do Hospital de Clínicas, Eduardo Sprinz.
Em valores absolutos, o Estado segue com um número reduzido de internados em leitos clínicos pela doença, na comparação com as ondas anteriores. No momento mais grave, em março de 2021, havia 5.435 pessoas com covid-19, nesses espaços.
UTIs têm leve alta
O número de pacientes internados com confirmação de covid-19 em leitos de UTI, portanto, em situação grave, registrou, na última semana, variação ainda mais discreta, de 7,8%. No dia 2, eram 154 pacientes com covid-19 em UTIs. Uma semana depois, 166. No pior momento da pandemia no Estado, em março de 2021, eram 2.634 pessoas nessa situação.
