Na Unidade de Saúde Santa Marta, no Centro Histórico de Porto Alegre, dezenas de pessoas passaram a manhã desta segunda-feira (10) escoradas na parede ou sentadas no chão, aguardando para fazer o exame que detecta o coronavírus. Entre as 7h e as 11h, em torno de 130 senhas haviam sido distribuídas.
A longa espera foi a maior reclamação: alguns pacientes aguardaram quatro horas desde a chegada. Outros já haviam tentado o local na semana passada, como a estudante Patrícia Mazza, 27 anos. A universitária passou a tarde na fila na última sexta-feira (7). Foi para casa, com orientação de retornar nesta segunda-feira. Acessou o prédio após três horas na rua.
— Tá muito demorado — reclamou.
A vacinação, com acesso por outro portão, foi muito mais ágil. O programador Evandro Farias, 44 anos, levou apenas 20 minutos para ser chamado.
— Importante tomar a terceira dose, ainda mais nesse momento. Se contrair o vírus, vai ser mais fraco — pondera.
Na Unidade de Saúde Santa Cecília, bairro de mesmo nome, a manhã também foi de fila extensa na calçada da Rua São Manoel. De acordo com a diretoria do posto, 30 testes foram realizados até as 10h, e havia ainda capacidade para seguir a coleta de material para os exames até as 17h. Em uma fila separada foram feitas as vacinas, no mesmo prédio.
A reportagem de GZH encontrou filas ainda na unidade do IAPI, na Zona Norte, e Camaquã, na Zona Sul. No Centro de Saúde Modelo, no bairro Santana, a distribuição de senha seguiu por um hora, o tempo que durou a capacidade de testes para covid-19 no local.
Hoje foi o primeiro dia de testagem ampliada para todas as unidades de saúde da Capital. A cidade, assim como o país, vive um crescimento acelerado dos casos de covid-19, especialmente, por conta da variante Ômicron. A testagem rápida é uma das estratégias apontadas por especialistas como forma de conter o avanço do vírus.