O gerente de Incidentes da Organização Mundial de Saúde (OMS), Abdi Mahamud, afirmou que a nova variante do coronavírus, encontrada na França e batizada de IHU, está sendo monitorada "de perto" pela entidade. "Esse vírus teve altas chances de infectar desde novembro, quando foi identificado", disse o gerente em uma coletiva de imprensa em Genebra, Suíça. Dessa forma, segundo Mahamud, até agora, a cepa ainda não representou uma grande ameaça.
Quanto à Ômicron, Mahamud destacou que a variante continua se espalhando rapidamente, sendo que a maioria dos países está vendo um alto número de casos e poucas mortes. De acordo com ele, a vacinação continua sendo essencial principalmente para as populações vulneráveis.
Nesta quarta-feira (5), foi divulgado que a IHU foi identificada há algumas semanas por pesquisadores franceses. Até o momento foram detectados 12 casos de infecção da nova cepa.
Contudo, os cientistas defendem que ainda é cedo para especular como é o comportamento da variante em relação a transmissibilidade, gravidade das infecções e proteção das vacinas.
O estudo foi publicado no dia 29 de dezembro no repositório MedRxiv e ainda precisa ser revisado por pares.
A cepa contém 46 mutações, ou seja, ainda mais que a Ômicron, e é uma das duas derivadas que tinham sido localizadas no final de setembro na República do Congo. Um elemento peculiar da "variante IHU é que uma de suas mutações está associada a um possível aumento da transmissão do vírus".
De acordo com os pesquisadores, esse é mais um exemplo da imprevisibilidade do surgimento de variantes do coronavírus e sobre como ele irá se introduzir em uma determinada área geográfica. Até o momento, a variante IHU não foi identificada em nenhum outro país ou rotulada como variante sob investigação pela OMS.
Apesar de o estudo ter sido publicado depois, a descoberta foi compartilhada através das redes sociais no dia 9 de dezembro.