O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira (10) que o Brasil receberá, neste mês, mais 600 mil doses da vacina contra a covid-19 da Pfizer para crianças. Com isso, a expectativa é de que a farmacêutica envie ao governo federal 4,3 milhões de imunizantes até o fim de janeiro. A previsão inicial era de uma entrega de 3,7 milhões de doses.
– Nós conseguimos antecipar com a Pfizer mais 600 mil doses da vacina pediátrica para janeiro. Então, serão 4,3 milhões de doses de vacina – afirmou Queiroga a jornalistas.
O primeiro lote com as vacinas pediátricas chegará na próxima quinta-feira (13), com 1,2 milhões de doses. No total, o Ministério da Saúde encomendou 20 milhões de imunizantes junto à farmacêutica. Esse número, porém, poderá ser ampliado, a depender da procura pela vacinação.
Segundo estimativa do IBGE, divulgada pela pasta, no Brasil, há cerca de 20,5 milhões de crianças entre cinco e 11 anos. Portanto, serão necessárias mais de 40 milhões de doses para imunização em duas doses dos pequenos.
Antes de serem enviadas pelo governo federal, as doses precisam passar por processos de liberação junto a autoridades como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), o que deve demorar 24 horas, segundo projeção do Ministério da Saúde.
Caso não haja atrasos, Estados e Distrito Federal já começarão a receber o imunizante a partir de sexta-feira (14). O RS espera iniciar a vacinação das crianças na segunda-feira, dia 17.
Além do anúncio da antecipação das doses, Queiroga aproveitou para rebater as acusações que vem recebendo sobre a demora da pasta em anunciar a vacinação das crianças de cinco a 11 anos. O Ministério da Saúde incorporou a faixa etária no plano de imunização contra o coronavírus 20 dias após a aprovação da vacina da Pfizer pela Anvisa.
– O que o Ministério da Saúde fez foi absolutamente dentro das melhores práticas de análise de incorporação de tecnologias no caso aqui no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. [...] Doses que não estão aprovadas pela agência regulatória não podem adentrar no país sob pena de caracterizar até mesmo crime sanitário – explicou o titular da Saúde.