A médica sul-africana, Angelique Coetzee, já tratou cerca de 30 pacientes com a variante Ômicron da covid-19 e afirmou que eles apresentaram apenas sintomas leves. Por enquanto, essas pessoas estão passando pelo período de recuperação sem a necessidade de internação. Segundo o jornal O Globo, a Organização Mundial da Sáude (OMS) também afirmou neste domingo (28), que ainda não há evidências de que a nova variante seja mais transmissível ou perigosa
"O que os levou a me consultar foi um grande cansaço", disse a também presidente da Associação Médica da África do Sul, em relação ao principal sintoma apresentado pela maioria de seus pacientes. Alguns também sofriam de dores musculares, tosse seca ou desconforto na garganta. Poucos tiveram febre baixa.
Quase metade dos atendidos estavam vacinados com o imunizante contra a covid-19, ou seja, a maioria não está com a devida proteção. A maioria dos pacientes eram homens com menos de 40 anos.
Em 18 de novembro, Coetzee alertou as autoridades sanitárias do país para o quadro clínico de diversos pacientes não coincidirem com a Delta, que até agora é a variante predominante na África do Sul.
Dentro da comunidade científica, com base em evidências preliminares, a informação que circula é que a variante é menos agressiva ao organismo. É o que informou o epidemiologista Pedro Hallal.
O que diz a OMS
A OMS disse neste domingo (28) que ainda não está claro se a Ômicron é mais transmissível, em comparação com outras mutações do vírus, ou se o caso se trata de uma versão mais grave da doença.
Em comunicado oficial, a OMS afirma não ter informações que sugiram que os sintomas associados a Ômicron tenham indícios diferentes de uma infecção específica:
"Os dados preliminares sugerem que há um aumento nas taxas de hospitalização na África do Sul, mas isso pode ser devido ao aumento no número total de pessoas infectadas, e não ao resultado de uma infecção específica com ômicron" diz a Organização, que ainda acrescenta que as infecções relatadas inicialmente foram entre estudantes universitários.
No dia 25 de novembro, pesquisadores sul-africanos anunciaram que haviam identificado a variante B.1.1.529, batizada no dia seguinte de Ômicron pela Organização Mundial da Saúde, que possui múltiplas mutações e provavelmente é altamente contagiosa.